Nação, narração e naturalismo em <i>Bom-Crioulo</i> de Adolfo Caminha

Autores

  • Patrícia I. Martinho Ferreira Brown University Department of Portuguese and Brazilian Studies

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2015.13781

Palavras-chave:

Literatura Brasileira, ambivalências, ambiguidades, identidade brasileira, Iracema, Bom-Crioulo, intertextualidade

Resumo

Partindo da ideia de sistema literário formulada por Antonio Candido, propõe-se neste ensaio estabelecer um diálogo entre Iracema (1865) de José de Alencar e Bom-Crioulo (1895) de Adolfo Caminha, com um duplo objetivo. Primeiro, entender de que forma Bom-Crioulo retoma e expande as fragilidades do sistema político-social estabelecido pelas elites do Império e presentes já nas entrelinhas da narrativa alencariana. Segundo, perceber de que forma Bom-Crioulo pode contribuir para a construção da identidade brasileira e, por conseguinte, participar na interação que se estabelece entre nação e narração. O foco principal deste ensaio será o romance de Caminha, embora o ponto de partida seja o jogo intertextual que este mantém com Iracema, o romance de Alencar.

Biografia do Autor

Patrícia I. Martinho Ferreira, Brown University Department of Portuguese and Brazilian Studies

Patrícia I. Martinho Ferreira é licenciada em Estudos Portugueses (2005), mestre em Teoria e Análise da Narrativa (2009) pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (Portugal) e mestre em Ensino do Português como Língua Estrangeira (2012) pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Portugal). Presentemente, frequenta o doutorado em Estudos Portugueses e Brasileiros na Universidade de Brown (EUA). Tem apresentado trabalhos nas áreas das literaturas portuguesa, brasileira e africanas de expressão portuguesa.

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Publicado

2015-12-28

Edição

Seção

Dossiê: Naturalismos