BNC – Formação e cuidado de si: a (im)possibilidade de professorar
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2022.70227Palavras-chave:
BNC – Formação, política curricular, professorar, cuidado de si, governamentalidade.Resumo
Este trabalho é um recorte de um projeto de produtividade acadêmica intitulado “Do cais à deriva: escritas de um professorar no ensino superior durante pandemia de COVID-19”, da Universidade do Estado do Amazonas. Tem como objetivo central problematizar a proposta formativa presente na Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC – Formação), a partir do cuidado de si foucaultiano, destacando modos de recusa e (de)formação docente. Alinhados a uma vertente pós-estruturalista, centrada sobretudo na figura de Michel Foucault, mobilizaremos os conceitos de cuidado de si e de governamentalidade (governo de si e dos outros), em conjunto com a ideia do homem de lata, personagem descrita no famoso poema de Manoel de Barros. Dos resultados obtidos, destaca-se o viés neoconservador disperso ao longo do documento, materializado no caráter prescritivo, homogeneizador e uniformizador que atua na padronização de uma suposta proposta de forma(ta)ção de professores. Desse modo, buscamos aqui problematizar estas subjetivações impostas por um documento regulador da forma(ta)ção docente no Brasil. Por meio do cuidado de si, aventamos uma forma-ação que possa suscitar deslocamentos, mobilizações, desnaturalizações de coisas cristalizadas por gerações, falas e gestos visíveis e automatizados sobre o ser professor e o ato de professorar no Ensino Superior. Destacamos, por fim, a inventividade do homem de lata enquanto recusa à imobilidade e elemento inaugural para a (de)formação docente.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do/a autor/a, resguardando-se os direitos de primeira publicação para a Revista Teias. Sendo esta Revista de acesso público, todos os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais, desde que citada a fonte, quando utilizados os artigos em parte ou no todo.