Branquitude e formação de professores de história nas diretrizes curriculares nacionais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2022.70138

Palavras-chave:

branquitude e formação de professores de história, diretrizes curriculares nacionais, currículo.

Resumo

O presente artigo busca analisar como a branquitude se inscreve nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores, pensando em particular na formação de professores de História. É evidenciado o processo histórico deste campo e como o mesmo esteve pautado em uma concepção eurocêntrica do currículo. Ao mesmo tempo, na contemporaneidade se perpetua, apesar de alguns avanços, a ideia de uma história euroreferenciada. Nesse sentido, a partir de uma análise cultural, as DCN`s para a formação de professores são analisadas, dentro de seus respectivos contextos, entendendo suas particularidades - por exemplo, a atenção dada à temática étnico-racial - e similaridades - o modo como perpassa nos documentos a noção multiculturalista de diversidade, que contempla diferentes grupos raciais, mas não questiona as estruturas sociais. Conclui-se que as atuais diretrizes não contribuem para a problematização da branquitude enquanto estrutura de poder e da História enquanto instrumento desse poder, sendo necessário maior aprofundamento e articulação com a educação das relações étnico-raciais para uma efetiva mudança da realidade social.

Biografia do Autor

Tiago Soares Marques, Universidade Luterana do Brasil - ULBRA Canoas

Doutorando e mestre em Educação e licenciado em História pela ULBRA.

Deivison Moacir Cezar de Campos, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS

Doutor em Ciências da Comunicação. Coordenador do curso de Jornalismo e professor colaborador no Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da PUCRS.

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Publicado

28-11-2022

Como Citar

Soares Marques, T., & Cezar de Campos, D. M. (2022). Branquitude e formação de professores de história nas diretrizes curriculares nacionais. Revista Teias, 23(71), 185–198. https://doi.org/10.12957/teias.2022.70138

Edição

Seção

É “sobre” ser professor(a): poéticas/pruridos de anunciação da formação docente nas políticas curriculares