Loide Bonfim: retratos da trajetória de uma mulher na reserva indígena de Dourados-MT (1938- 1984)
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2022.67534Palavras-chave:
história de mulheres, missão evangélica caiuá, trabalho missionárioResumo
O artigo objetiva analisar a trajetória da professora Loide Bonfim e os seus desdobramentos no trabalho missionário e na área da saúde, na Reserva Indígena de Dourados (RID) no século XX. Para o desenvolvimento dessa análise, recorreu-se, principalmente, aos periódicos protestantes O Puritano (presbiteriano), O Estandarte (presbiteriano, presbiteriano independente) e Expositor Cristão (metodista), que divulgaram matérias sobre os trabalhos missionários desenvolvidos por Loide Bonfim na MEC e na Reserva Indígena. As fontes mobilizadas foram analisadas a partir dos pressupostos teóricos da Nova História Cultural. O estudo dessa trajetória permitiu compreender que Loide Bonfim atuando no campo da educação escolar e não escolar, no processo de evangelização e na área da saúde com os povos indígenas, ainda que em boa parte de suas ações estivesse permeada pela inserção da cultura não indígena entre os indígenas, essa mulher desempenhou um papel importante com os seus ensinamentos e, além disso, contribuiu para melhorias nas condições de vida dos Kaoiwá, Guarani e Terena. Constatamos, assim, que a trajetória de Loide Bonfim tem muito a revelar sobre a história dessas mulheres que atuaram com os indígenas, que não pode ser escrita sem levar em consideração o papel exercido por essas mulheres comuns, mas ativas, que foram resistentes em seu trabalho e aceitaram as adversidades cotidianas.
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