A escritora Anilda Leão no contexto cultural de Alagoas
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2022.67438Palavras-chave:
Anilda Leão, representação, redes de sociabilidadesResumo
Historicamente a mulher foi vista de acordo com a sua inserção na sociedade local onde estava inserida. No século XIX, a história registrou a participação da mulher no âmbito do trabalho assalariado, o que posteriormente desencadeou movimentos por melhores condições de trabalho, gerando embates entre os que divergiam de opinião quanto aos papéis possíveis à mulher na sociedade. Nesse período, a narrativa desses embates, da defesa ou do rechaço a esses papéis não foi feita por elas, e sim por homens. Homens que teceram as representações do feminino na literatura, nos jornais e em seus poemas. Não obstante, conforme a mudança do cenário estrutural do corpo social na passagem do século XIX para o XX, a mulher conseguiu marcar presença, mesmo sofrendo repressões, nos mesmos espaços dominados pelos considerados doutos. Com base nessas asserções, apresentamos este estudo, orientado pela perspectiva da História Cultural, a fim de buscar, com base nas categorias de representação e de redes de sociabilidade, dar visibilidade à escritora Anilda Leão Moliterno (1923-2012). Essa mulher alagoana que trouxe em seus escritos muito de si, das mazelas sociais e do desafio de ser mulher em uma sociedade tomada pelo machismo. Destarte, a visibilidade que é dada à Anilda Leão no campo da história do feminino, na atualidade, faz com que reconheçamos suas atuações e que ela seja inserida no rol da escrita da história.
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