Emancipação da mulher artista: o caso da poetisa pernambucana Léa Tereza Lopes de Oliveira
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2022.67253Palavras-chave:
emancipação feminina, educação de mulheres, poesia marginal, mulher artista.Resumo
Neste artigo objetiva-se identificar e compreender o processo de emancipação da mulher artista pernambucana durante as décadas de 1960 a 1970 a partir da análise da vida e obra da poetisa Léa Tereza Lopes de Oliveira. É estudo conduzido a partir da metodologia da História Oral (ALBERTI, 2004) e tem por base teórica a História Cultural (CHARTIER, 2002) e a História das Mulheres (PERROT, 2017; 2019). Em acordo com a Metodologia da História Oral, os dados obtidos são resultado da realização de entrevista temática com a poetisa Léa Lopes. A fim de compreender o processo formativo da artista como mulher e a construção da sua poética na arte, coloca-se em discussão os conceitos de práticas e representações. A partir deste estudo foi possível observar que a vida e obra da poetisa exemplifica como a família, a escola e as redes de sociabilidade mantêm relação com a construção da subjetividade do sujeito e com seu processo de emancipação. Sua trajetória histórica revela a necessidade de uma educação que abra espaço para discussões sensíveis da vida, como a sexualidade, a formação política e dignidade. Deste modo, Léa Lopes, está entre as mulheres que experienciaram uma educação castradora nas décadas de 1960 e 1970 no Brasil e que utilizaram de manobras para fugir das relações androcêntricas que ainda no século XXI, estão presentes na sociedade.
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