A linha tênue entre mulher negra, educação escolar e profissão (Rio Grande do Norte, 1931-1963)
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2022.66918Palavras-chave:
mulheres negras, direito à educação, Rio Grande do NorteResumo
Com a intenção de prosseguir na discussão sobre a escolarização das mulheres no Brasil, este estudo reflete acerca do alcance do direito à educação primária, principalmente de dez mulheres negras que estudaram no Rio Grande do Norte entre 1931 e 1963, em intersecção com a teia humana da origem social da família, os estudos escolares e as profissões. Metodologicamente, para análise do corpus documental (entrevistas semiestruturadas e documentos oficiais), faz-se uso do entendimento de direito à educação de Cury (2002), Chizzotti (2020) e Anísio Teixeira (2009), essencialmente por concebê-lo na amplitude da dimensão humana e social de cada pessoa. Em termos de conclusão, o corpus documental pesquisado revela que o direito à educação escolar das dez mulheres negras estudadas foi resultante da sociedade da escolarização, embora com oportunidades socioeducacionais limitadas e desiguais: uma parte delas (três), que estudou o ensino primário em fazendas, sítios e povoações, não prosseguiu os estudos para os níveis secundários seguintes, além de ter exercido profissões diferenciadas daquelas das sete mulheres que tiveram o direito à continuidade dos estudos em nível secundário (quatro) e universitário (três) no período em pauta.
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