BNCC e o professor de Literatura: água que corre entre pedras
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2020.53725Palavras-chave:
BNCC, ensino de literatura, atuação docenteResumo
O presente artigo tem como propósito discutir a papel destinado pela legislação brasileira, notadamente pela Base Nacional Curricular Comum, à educação literária no Ensino Médio para, a partir daí, refletirmos sobre como deve ser a atuação do professor de literatura nesse processo, diante dos propósitos perseguidos pela nova legislação em articulação com o “novo” Ensino Médio. Para tanto, recorremos a uma pesquisa bibliográfica e documental, colocando em perspectiva, por meio de uma análise interpretativa, um paralelo entre os documentos oficiais e os estudos literários. A partir desse percurso, foi possível perceber e existência de discursos dissonantes. De um lado, uma legislação alicerçada em uma visão (ultra) pragmática de educação, voltada para a preparação para testes e resolução de problemas do cotidiano; do outro, os estudos literários, que reconhecem a literatura enquanto lugar de(o) saber, do prazer, mas também do incômodo necessário para a reflexão e intervenção no mundo. Esse cenário exige dos profissionais de Letras uma postura crítico-reflexiva, conciliatória e, no limite, subversiva para, assim, colaborar para a educação literária dos jovens brasileiros.
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