OS SABERES MÁGICOS DO INÍCIO DA MODERNIDADE

Paola Basso Menna Barreto Gomes Zordan

Resumo


Junto ao capítulo “A prosa do mundo”, escrito por Michel Foucault em As palavras e as coisas, o presente texto traça um panorama dos saberes alquímicos do século XVI. Nesta época, onde as distinções entre Arte, Ciência e Filosofia ainda não haviam sido feitas, pode-se extrair enunciados que dão a compreender o conhecimento situado no limiar entre os tempos modernos e as antigas tradições. O que atualmente entende-se como “pensamento mágico” remete aos signos presentes nas variedades de coisas existentes, os quais o sábio tinha como tarefa decifrar. Ainda que funcionasse sobre estreitas relações analógicas entre os astros celestiais e os seres terrestres, num sistema de convenções que colocava assinaturas planetárias nos humores humanos e nos reinos naturais, desvendar o que se entendia como uma Grande Obra de caráter cósmico, impressa na idéia de um “livro do mundo”, é o mote para os compêndios renascentistas que antecedem à Enciclopédia e ao que se definiu como Ciências Naturais. Essa breve incursão mostra uma perspectiva estética para se compreender o mundo e extrair de seus elementos ao invés de postulados, puras sensações.

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ISSN 1518-5370 [impresso] • 1982-0305 [eletrônico]
Teias, uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação – ProPEd/UERJ
Qualis/Capes - A2 (2017/2018) 
DOI: 10.12957/teias

 

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