“COMO E ATÉ ONDE É POSSÍVEL PENSAR DIFERENTE?”* - micropolíticas de currículos, poéticas, cotidianos e escolas -
Resumo
A suposição de que as políticas curriculares são, antes de tudo, as políticas do Estado ignora que “políticas” são também práticas comuns e que é na variedade de ações cotidianas, escolhidas entre as capacidades e as possibilidades dispostas, que o poder se dispõe em redes microbianas e nas quais é também contestado. Ou seja, pensar as políticas de currículos, exige sua pluralização e a compreensão dos múltiplos espaçostempos nos quais “se realiza”. Sendo assim, quando se pretende, como nesse texto, discutir como os currículos acontecem, o melhor é considerar todos os seus “praticantes” (CERTEAU, 1994), para além da análise de imagem fixada da “grande política”, a política dita “oficial”. Considerar que os currículos fazem parte da “arte de governar”, observando que trata-se de um campo para formulações e práticas educativas que podem articular interesses de variados grupos na sociedade (grupos econômicos, ativismo social, pertencimentos identitários etc), torna importante verificar como as pessoas recepcionam o que é dirigido às escolas, como partilham diretrizes, normas ou valores, desenhando, com suas expectativas e reações, o currículo “adotado”, ou melhor dizendo, “escrito”, fazendo-o “realizado”. Apesar da aparente força hierárquica dos planejamentos e metas curriculares, é na vida das escolas que são tecidos seus conteúdos mais substantivos, porque praticadospensados nos processos pedagógicos cotidianos.Downloads
Publicado
25-04-2012
Como Citar
ALVES, Nilda Guimarães; SOARES, Maria da Conceição Silva; BERINO, Aristóteles de Paula. “COMO E ATÉ ONDE É POSSÍVEL PENSAR DIFERENTE?”* - micropolíticas de currículos, poéticas, cotidianos e escolas -. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 13, n. 27, p. 18 pgs., 2012. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistateias/article/view/24251. Acesso em: 20 set. 2024.
Edição
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Em Pauta
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