CURRÍCULO COMO PRÁTICA CULTURAL, BUROCRACIA E O LUGAR DO COMPUTADOR NO CURRÍCULO ESCOLAR

Ozerina Victor de Oliveira, Denise de Souza Destro

Resumo


O propósito deste ensaio é colocar em questão a presença do computador nas escolas à luz da compreensão do currículo como prática cultural e da discussão das conexões entre burocracia e currículo. Nesta análise, observa-se que a burocracia é marcada por um modo de organização racional da produção material e por um caráter simbólico, no campo cultural. Nesse sentido, a lógica da burocracia é ambivalente. Utilizando-se dessa ambivalência para situar o computador no currículo, conclui-se que embora seu mecanismo de funcionamento favoreça a burocracia, ele não se restringe a essa lógica: o computador pode ser atravessado por lógicas mais potencializadoras no sentido de proporcionar que as pessoas enxerguem o lugar em que se encontram no mundo, indaguem sobre a legitimidade de sua posição e tenham condições de se deslocar para espaços e tempos mais favoráveis. Portanto, não é possível definir um lugar fixo para o computador nos currículos, mas quanto mais marginal e periférico for o seu lugar e mais central o lugar do mundo e das pessoas, maior será seu potencial de romper a lógica burocrática.

Palavras-chave


Currículo; computador; práticas culturais.

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ISSN 1518-5370 [impresso] • 1982-0305 [eletrônico]
Teias, uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação – ProPEd/UERJ
Qualis/Capes - A2 (2017/2018) 
DOI: 10.12957/teias

 

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