A LINGUAGEM NO ORKUT E NA SALA DA AULA: DESVELANDO UM COMPORTAMENTO LINGÜÍSTICO DOS JOVENS
Resumo
Este estudo tem como objetivo tentar compreender um comportamento lingüístico na escrita dos jovens em sala de aula, assim como no espaço virtual criado pelos próprios alunos, a saber, no orkut, para deixá-los informados, instruídos e vinculados na vida escolar e social. Defendemos a hipótese de que estas especificidades lingüísticas constroem diferentes identidades ao longo do tempo, contribuindo, assim, ao entendimento de que o uso da linguagem revela diferentes graus de funcionamento cujos mecanismos normativos nem sempre estão presentes. Trazemos, para nos ajudar na discussão, autores como Mikhail Bakhtin, Wanderley Geraldi, Pierre Lévy e Maria Tereza de Freitas, que ajudam a perceber que a língua não é algo imóvel, morto ou petrificado da vida social, mas move-se continuamente e seu desenvolvimento segue a vida social. Minha atenção para o chamado internetês foi despertada há algum tempo, na prática do curso de língua portuguesa, em uma escola pública do Rio de Janeiro. Percebemos a utilização constante dessa nova manifestação lingüística nas composições e demais atividades em sala de aula. E longe dela, na comunidade do orkut, multiplicam-se exemplos de uma linguagem extravagante com indícios de uma língua produzida com apelo subjetivo. Assim, muito mais do que respostas, a nossa expectativa é de suscitar questionamentos que nos levem a repensar sobre um comportamento lingüístico, sobretudo o contemporâneo, considerando, talvez, que os jovens locutores clamam por novidades, desejando um mundo cujas palavras sejam as suas armas e a língua a sua força.
Palavras-chave
Juventude; linguagem e subjetividade.
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ISSN 1518-5370 [impresso] • 1982-0305 [eletrônico]
Teias, uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação – ProPEd/UERJ
Qualis/Capes - A2 (2017/2018) DOI: 10.12957/teias