ATIVIDADES NÃO PRESENCIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: REFLETINDO SOBRE AS ORIENTAÇÕES E AÇÕES PEDAGÓGICAS

Maria do Desterro Melo da Rocha Nogueira Barros, Antonia Edna Brito

Resumo


A pandemia mundial do coronavírus (SARS-CoV-2) tem provocado uma situação bastante complexa na educação escolar, tanto em relação às formas de ensinar, quanto no que se refere às aprendizagens a serem produzidas pelos estudantes. Com o propósito de contribuir para a ampliação das discussões sobre os desafios da educação pública no contexto da pandemia do coronavírus, bem como de colaborar com a socialização das ações educativas implementadas na Educação Infantil, no contexto pandêmico, o presente trabalho objetiva analisar as atividades pedagógicas realizadas pelas Redes Municipais de Ensino situadas no Território dos Carnaubais–PI, especificamente desenvolvidas com as crianças de 4 e 5 anos matriculadas na Educação Infantil. A coleta de dados foi mediante a aplicação de questionário do Google Forms respondido por 16 Supervisores da Educação Infantil que atuam nas Redes Púbicas Municipais de Ensino. Os resultados apontam que apenas 50% das redes de ensino estão seguindo plenamente as orientações do Conselho Nacional de Educação (CNE) (Parecer CNE n.º 05/2020) com relação às atividades pedagógicas não presenciais na Educação Infantil. Essa constatação deve ser objeto de reflexão por parte dos profissionais que atuam nesta etapa da Educação Básica, principalmente aqueles que são responsáveis pela condução e acompanhamento da política educacional. Os resultados do estudo apontam também a necessidade da retomada do objetivo da Educação Infantil que é promover o desenvolvimento dos aspectos físico, motor, cognitivo, social e emocional das crianças.


Palavras-chave


Educação Infantil. Pandemia. Pré-escola.

Texto completo:

PDF

Referências


BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP nº 5/2020. Brasília: Conselho Nacional de Educação, 28 abr. 2020. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=145011-pcp005-20&category_slug=marco-2020-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 10 out. 2020

BRASIL. Ministério da Educação. Projeto de cooperação técnica MEC E UFRGS para construção de orientações curriculares para a Educação Infantil. Brasília, DF, 2009.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Brasília, DF, 1998.

BRASIL. Lei Federal nº 9.394, de 26 dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Câmara Federal, [1996]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 10 out. 2020.

CAFARDO, Renata. Oito em cada dez professores não se sentem preparados para ensinar online. UOL, 17 de maio de 2020. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/noticias/agencia-estado/2020/05/17/oito-em-cada-dez-professores-nao-se-sentem-preparados-para-ensinar-online.htm. Acesso em: 10 jun. 2020.

CETIC. TIC domicílios 2018: domicílios. Disponível: https://cetic.br/pt/tics/domicilios/2018/domicilios/A/. Acesso em: 10 set. 2021.

CHARLOT, Bernard. Da relação com o saber às práticas educativas. São Paulo: Cortez, 2005.

CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa qualitativa em Ciências Humanas e Sociais. Petrópolis: Vozes, 2006.

GOMES, Vânia Thais Silva et al. A pandemia da COVID-19: repercussões do ensino remoto na formação médica. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 44, n. 4, p. 1-10, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbem/a/xZjx57LqBz9N6wcLPrTS9fs/?lang=pt. Acesso em: 19 maio 2021.

KUHLMANN JR., Moysés. Educação infantil e currículo. In: FARIA, Ana Lúcia Goulart de; PALHARES, Marina Silveira (org.). Educação Infantil pós-LDB: rumos e desafios. 4. ed. Campinas: Autores Associados, 2003.

MORAIS, Regis de. Cultura brasileira e educação. Campinas, São Paulo, Papirus,1989.

MORIN, Edgar. É hora de mudarmos de via: as lições do coronavírus. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2021.

MOTA, Janine da Silva. Utilização do Google Forms na pesquisa acadêmica. Revista Humanidades e Inovação: Revista da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFT, v. 6, n.12, dez. 2019. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/1106 Acesso em: 10 out. 2020.

NAVARRO, Mariana Stoeterau. O brincar na educação infantil. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 9.; ENCONTRO SUL BRASILEIRO DE PSICOPEDAGOGIA, 3., 2009, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: PUC-PR, 2009. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2009/2693_1263.pdf. Acesso em: 19 maio 2020.

NÓVOA, António. Conversa com António Nóvoa: A educação em tempos de pandemia. 2020. Disponível em: http://geonauta.com.br/sala-dos-professores/cartografia-digital/livessobre-educao-e-ensino-a-distncia/432. Acesso em: 10 jun. 2020.

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez Editora, 2002.

SAVIANI, Dermeval; GALVÃO, Ana Carolina. Educação na pandemia: a falácia do “ensino” remoto. Universidade e Sociedade: Revista do ANDES-SN, ano 31, n. 67, jan./jun. 2021. Disponível em: https://www.andes.org.br/img/midias/0e74d85d3ea4a065b283db72641d4ada_1609774477.pdf. Acesso em: 29 set. 2021.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.




DOI: https://doi.org/10.12957/redoc.2022.66439

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - Não comercial - Compartilhar igual 4.0 Internacional.

Indexação:

           


 

Google Acadêmico::

 

(Citações /Métricas)

 

Visualizações:

 


Licença:

  Esta obra está licenciada com uma Licença  Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.