PRESS START PARA APRENDER: VIDEOGAMES E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA

Autores

  • Talisson Subtil Vogelmann Universidade Tecnológica Federal do Paraná
  • Marcos Guilherme de Souza Ferraz Universidade Tecnológica Federal do Paraná
  • Andressa Brawerman-Albini Universidade Tecnológica Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.12957/redoc.2020.52630

Palavras-chave:

Aquisição. Aprendizagem. Videogames. Língua Inglesa. Segunda Língua.

Resumo

A respeito dos processos de aquisição e aprendizado de segunda língua (L2), Krashen (1981) diferencia entre um processo espontâneo e um processo formal de aprendizado da língua, respectivamente. Dentro destes processos, encontram-se pessoas que afirmam que seu conhecimento de L2 vem única, ou primariamente, do seu contato com videogames. Esse tipo de afirmação levanta questionamentos acerca das diferenças entre o aprendizado formal e o processo de aquisição informal. Muitas dessas discussões destacam as relações entre a experiência propiciada pelos videogames e as motivações do aprendiz. Podemos entender esse elemento motivador dos games no ensino de L2 ao olharmos as ideias de Gee (2003) sobre como os videogames conectam a linguagem a significados específicos e contextualizados. No entanto, é necessário ressaltar que a língua se divide em diferentes habilidades. Sendo assim, a presente pesquisa procura lançar um olhar sobre como esses contextos de aprendizados, ensino formal e videogames, conversam com cada uma dessas habilidades linguísticas. Propondo um questionário nos moldes sugeridos por Dörnyei (2003), para aprendizes que afirmam ter tido experiência com os dois contextos, esta pesquisa tem por objetivo entender quais habilidades foram mais favorecidas por cada contexto. Os resultados mostram que algumas habilidades, como o reading, foram apontadas como mais produtivas através dos videogames, enquanto outras, como o writing, apareceram como mais produtivas dentro do ensino formal.  Por fim, o trabalho procura estimular discussões sobre de quais maneiras e em quais momentos utilizar videogames no processo de ensino de inglês pode ser benéfico.

Biografia do Autor

Andressa Brawerman-Albini, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Professora Adjunto I do Departamento Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas da Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Referências

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais (Ensino Médio) - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília, 2000.

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Ministério da Educação. Orientações Curriculares para o Ensino Médio - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília, 2006.

CROSS, Jay. Informal learning: rediscovering the natural pathways that inspire innovation and performance. S. Francisco, CA: Pfeiffer. 2007.

DÖRNYEI, Zoltán. Questionnaires in Second Language Research: Construction, Administration, and Processing. 1ª ed. Mahwah, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 2003.

GEE, James Paul. Learning and Games. In: SALEN, Katie. (Org.). The Ecology of Games: Connecting Youth, Games, and Learning. Cambridge, MA: The MIT Press, p. 21–40, 2008.

GEE, James Paul. What video games have to teach us about learning and literacy. 1ª ed. New York: Palgrave/St. Martin’s. 2003.

JOHNSON, Marysia. Philosophy of Second Language Acquisition. 1ª ed. New Haven and London: Yale University Press. 2004.

KRASHEN, Stephen. Second Language Acquisition and Second Language Learning. Internet ed. Oxford: Pergamon, 2002. Disponível em: <http://www.sdkrashen.com/content/books/sl_acquisition_and_learning.pdf> . Acesso em: 30/06/2020

MITCHELL, Rosamond.; MYLES, Florence. Second language learning theories. 2ª ed.. London: Hodder Arnold. 2004.

OLIVEIRA, Karoline Schulze de; CAMPOS, Marlon. Sergio Felippe. O Ensino-Aprendizagem de Língua Inglesa como LE Através de Videogames Não Didáticos. 2013. 81 f. TCC (Graduação) - Curso de Licenciatura em Letras Português - Inglês, Departamento Acadêmico de Comunicação e Expressão – Dacex e Departamento de Línguas Estrangeiras Modernas - Dalem, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2013.

REINDERS, Hayo; WATTANA, Sorada. Learn English or die: The effects of digital games on interaction and willingness to communicate in a foreign language. Digital Culture and Education. United Kingdom, v3, n1. p. 4-28. abril/2011.

REINDERS, Hayo; WATTANA, Sorada. Talk to me! Games and students' willingness to communicate. In: REINDERS, Hayo (Ed.). Digital games in language learning and teaching. Basingstoke, UK: Palgrave Macmillan, p. 156–188, 2012.

SILVA, Rafael Leonardo da. Video Games as Opportunity for Informal English Language Learning: Theoretical Considerations. The ESPecialist, Londrina (PR) v. 35, nº 2, 155–169, 2014. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/esp/article/view/21465>. Acesso em: 30/06/2020

SOUTO, Mauren Vanessa Lourenço et al; Conceitos de língua estrangeira, língua segunda, língua adicional, língua de herança, língua franca e língua transnacional. In: IX JORNADA NACIONAL DE LINGUÍSTICA E FILOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA, 2014, Rio de Janeiro, Anais da IX JNLFLP. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2014. p. 890-900.

UUSKOSKI, Olli. Playing video games: A waste of time... or not? Exploring the connection between playing video games and English grades. Tese de Doutorado. 69 f. Doutorado em English Philology. Department of Modern Languages. University of Helsinki, Helsinki (Finlândia), 2011.

VÄISÄNEN, Ari-Pekka. Learning English Through Video Games: Finnish Learners’ Experiences. Tese de Doutorado. 90 f. Doutorado em Inglês, Department of Language and Communication Studies, University of Jyväskylä, Jyväskylä (Finlândia), 2018.

Downloads

Publicado

2020-12-24

Como Citar

SUBTIL VOGELMANN, Talisson; DE SOUZA FERRAZ, Marcos Guilherme; BRAWERMAN-ALBINI, Andressa. PRESS START PARA APRENDER: VIDEOGAMES E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA. Revista Docência e Cibercultura, [S. l.], v. 4, n. 3, p. 179–212, 2020. DOI: 10.12957/redoc.2020.52630. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/re-doc/article/view/52630. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigo Seção Temática