A EDUCAÇÃO PRATICADA NO/COM O MAR: O QUE NOS DIZEM GESTOS E NARRATIVAS DOS EDUCADORES DO MUSEU?
DOI:
https://doi.org/10.12957/redoc.2019.44523Palavras-chave:
Educação. Museus. Formação de educadores. Mediação Cultural. Narrativas. Gestos.Resumo
Essa dissertação se propõe a pensarfazer a educação praticada no/com o Museu de Arte do Rio (MAR) a partir de pistas sugeridas pelos gestos e narrativas dos educadores do museu, além de, por extensão, pensarfazer a formação desses próprios educadores, tecida, permanentemente, em meio a esse processo. Conforme a tendência de pesquisas em educação conhecida como nos/dos/com os cotidianos, a qual essa pesquisa se insere, o trabalho metodológico para a produção de dados requereu um mergulho com todos os sentidos nos cotidianos do museu, compreendendo conversas com seus públicos, produção de fotografias, acompanhamento de visitas e dos processos de formação, entre outros procedimentos, além da problematização das minhas próprias práticas, pois, como educadora do museu, tornei-me também objeto de minha pesquisa. Com a análise do material produzido, a pesquisa entende que os relatórios de visitas produzidos pelos educadores do museu como tarefa das atividades formativas propostas pela instituição constituem uma potência criativa em narrativas, em meio às quais e com as quais são problematizadas, afirmadas, refutadas e inventadas as práticas educativas no/com o MAR, e, assim, os toma como principais intercessores para pensar as redes de conhecimentos engendradas com os cotidianos do museu. Em suma, a instigação dessa pesquisa nos/com os cotidianos do Museu de Arte do Rio são as maneiras de habitar o museu, instituídas pelos gestos e narrativas de seus praticantes, e que podem nos ajudar a pensarpraticar uma educação não somente para a arte, mas para a vida.
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