A teoria das transições como referencial para questões de pesquisa sobre identidade de gênero
DOI:
https://doi.org/10.12957/reuerj.2025.87353Palavras-chave:
Enfermagem, Criança, Adolescente, Pessoas Transgênero, Identidade de GêneroResumo
Objetivo: promover uma reflexão sobre a teoria das transições na perspectiva da identidade de gênero em crianças e adolescentes. Conteúdo: estudo descritivo de caráter reflexivo que analisou os aspectos relacionados à transição da identidade de gênero sob a óptica dos pressupostos teóricos das transições. Os resultados da reflexão foram apresentados mediante dois eixos de análise: no primeiro, detalham-se os pressupostos conceituais de Afaf Meleis, e no segundo, explora-se a convergência da teoria de Meleis com as possíveis contribuições para as questões de pesquisa sobre identidade de gênero no que concerne aos seus limites, possibilidades e desdobramentos nos sistemas pessoal, comunitário e social. Considerações finais: as reflexões sobre a teoria das transições de Meleis possibilitaram reconhecer e compreender fenômenos que facilitam o processo de transição dessas crianças e adolescentes, tornando a teoria um instrumento de referência para orientar os enfermeiros a desenvolver sua perspicácia para identificar singularidades do indivíduo.
Referências
1. American Psychiatric Association. DSM-5. Porto Alegre: Artmed Editora; 2014.
2. Pisticelli A. Gênero: a história de um conceito. In: Almeida HB, Szwako JE. Diferenças, igualdade. São Paulo: Berlendis & Vertecchia; 2009 [cited 2024 Jun 6]; p.116-48. Available from: https://ria.ufrn.br/jspui/handle/123456789/1524.
3. Boehler A, Azevedo I, Beres T, Goldberg L, Vieira D, et al. Incongruência/Disforia de Gênero: Atualizado e revisado. Sociedade Brasileira de Pediatria. 2019 [cited 2024 Aug 6]. Available from: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Adolescencia_-_16_-_22373c-GPA_-_Incongruencia-DisforiaGenero.pdf.
4. Ssadeh A. Como lidar com a disforia de gênero (transexualidade). 2nd rev. ed. São Paulo: Hogrefe; 2019.
5. Goodman M, Adams N, Corneil T, Kreukels B, Motmans J, Coleman E. Size and distribution of transgender and gender nonconforming populations. Endocrinol Metab Clin North Am. 2019 [cited 2024 Aug 31]; 48(2):303–21. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ecl.2019.01.001.
6. Benevides BG, Nogueira SNB. Dossiê dos assassinatos e da violência contra pessoas trans em 2019. São Paulo: Expressão Popular, ANTRA, IBTE; 2020 [cited 2024 Aug 31]. Available from: https://antrabrasil.org/wp-content/uploads/2020/01/dossic3aa-dos-assassinatos-e-da-violc3aancia-contra-pessoas-trans-em-2019.pdf.
7. Centro de Estudos de Cultura Contemporânea. Mapeamento das pessoas trans no município de São Paulo. São Paulo: Centro de Estudos de Cultura Contemporânea; 2021 [cited 2024 Aug 31]. Available from: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/direitos_humanos/LGBT/AnexoB_Relatorio_Final_Mapeamento_Pessoas_Trans_Fase1.pdf.
8. Fausto SA. The dynamic development of gender variability. J Homosex. 2012 [cited 2024 Aug 31]; 59(3):398–421. DOI: https://doi.org/10.1080/00918369.2012.653310.
9. Presidência da Rebública (Br). Lei No 8.080, DE 19 de setembro de 1990. Braília: Presidência da República; 2022 [cited 2024 Aug 31]. Available from: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8080.htm.
10. Sousa D, Iriart J. “Viver dignamente”: necessidades e demandas de saúde de homens trans em Salvador, Bahia, Brasil. Cad. Saúde Pública. 2018 [cited 2024 Aug 31]; 34(10):e00036318. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00036318.
11. Benevides BG. Dossiê Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras em 2022. Brasília: ANTRA; 2023 [cited 2024 Sep 10]. Available from: https://observatoriolgbtima.com.br/docs/dossie-assassinatos-e-violencias-contra-travestis-e-transexuais-brasileiras-em-2022/.
12. Nadal KL, Davidoff KC, Fujii-Doe W. Transgender women and the sex work industry: roots in systemic, institutional, and interpersonal discrimination. J Trauma Dissociation. 2014 [cited 2024 Aug 31]; 15(2):169–83. DOI: https://doi.org/10.1080/15299732.2014.867572.
13. Monteiro S, Brigeiro M, Barbosa RM. Saúde e direitos da população trans. Cad. Saúde Pública. 2019 [cited 2024 Aug 31]; 35(4):e047119. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00047119.
14. Whitehead J, Shaver J, Stephenson R. Outness, stigma, and primary health care utilization among rural LGBT populations. PLoS ONE. 2016 [cited 2024 Aug 31]; 11(1):0146139. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0146139.
15. Meleis AI. Theoretical nursing: development and progress. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2007.
16. Meleis AI, Sawyer LM, Im EO, Hilfinger Messias DK, Schumacher K. Experiencing transitions: an emerging middle-range theory. ANS Adv Nurs Sci. 2000 [cited 2024 Aug 31]; 23(1):12–28. DOI: https://doi.org/10.1097/00012272-200009000-00006.
17. Meleis AI. Theoretical nursing: development and progress. Philadelphia: Wolters Kluwer Health; 2016.
18. Fleury H, Faria B, Bines V, Helena C, Abdo N. A sexualidade de indivíduos transgêneros: recomendações para profissionais de saúde. Diagn Tratamento. 2023 [cited 2024 Aug 31]; 28(3):117-20. Available from: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2023/11/1517919/rdt_v28n3_117-120.pdf.
19. Menezes L, Carrasco L, Murgo C, Rahe B. Invisibilização e preconceitos velados: barreiras para o acesso aos serviços de atenção básica pela população trans. Rev Bras Med Fam Comunidade. 2024 [cited 2024 Sep 10]; 19(46):e3961. Available from: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3961/1949.
20. Borgert V, Stefanello S, Signorelli MC, Santos DVD. “A gente só quer ser atendida com profissionalismo”: experiências de pessoas trans sobre atendimentos de saúde em Curitiba-PR, Brasil. Physis. 2023 [cited 2024 Sep 10]; 33:e33036. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-7331202333036.
21. Costa AB, Rosa Filho HT, Pase PF, Fontanari AMV, Catelan RF, Mueller A, et al. Healthcare needs of and access barriers for Brazilian transgender and gender diverse people. J Immigrant Minority Health. 2016 [cited 2024 Sep 10]; 20(1):115-23. DOI: https://doi.org/10.1007/s10903-016-0527-7.
22. Coleman E, Radix AE, Bouman WP, Brown GR, Vries ALC, Deutsch MB, et al. Standards of Care for the Health of Transgender and Gender Diverse People, Version 8. Int J Transgend Health. 2022 [cited 2024 Sep 10]; 23(S1):S1–259. DOI: https://doi.org/10.1080/26895269.2022.2100644.
23. Abreu PD, Palha PF, Andrade RLP, Almeida SA, Nogueira JA, Monroe AA. Integral health care for transgender adolescents: subsidies for nursing practice. Rev Latino-Am Enfermagem. 2022 [cited 2024 Aug 22]; 30(spe):e3811. DOI: https://doi.org/10.1590/1518-8345.6276.3810.
24. Oliveira GN. O projeto terapêutico como contribuição para a mudança das práticas de saúde [Dissertação de Mestrado]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas; 2007 [cited 2024 Sep 22]. Available from: https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/35093/mod_resource/content/1/un5/pdf/dissertacao_GNOliveira-PTS.pdf.
25. Ministério da Saúde (Br). Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Política nacional de saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Brasília: Ministério da Saúde; 2013 [cited 2024 Sep 22]. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_lesbicas_gays.pdf.
26. Nobili A, Glazebrook C, Arcelus J. Quality of life of treatment-seeking transgender adults: a systematic review and meta-analysis. Rev Endocr Metab Disord. 2018 [cited 2024 Aug 22]; 19(3):199-220. DOI: https://doi.org/10.1007/s11154-018-9459-y.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Augusto Krindges, Jeferson Santos Araújo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao publicar na Revista Enfermagem UERJ, os autores declaram que o trabalho é de sua exclusiva autoria e assumem, portanto, total responsabilidade pelo seu conteúdo.
Os autores retêm os direitos autorais de seu artigo e concordam em licenciar seu trabalho usando uma Licença Pública Internacional Creative Commons Atribuição (CC BY), aceitando assim os termos e condições desta licença (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode.en), que permite que o material criado pelo autor pode ser distribuído, copiado e exibido por terceiros. O trabalho original deve ser citado e apresentar um link para o artigo disponível no site da revista em que foi publicado.
Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Revista Enfermagem UERJ pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Revista Enfermagem UERJ, com o trabalho simultaneamente licenciado sob uma Licença Creative Commons CC BY, a qual permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista
Os autores concedem à Revista Enfermagem UERJ o direito de primeira publicação, de se identificar como publicadora original do trabalho e concedem à revista uma licença de direitos não exclusivos para utilizar o trabalho das seguintes formas:
- Vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas e/ou em formato eletrônico;
- Distribuir partes e/ou o trabalho como um todo com o objetivo de promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e impressas;
- Gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Em consonância com as políticas da revista, a cada artigo publicado será atribuída uma licença Creative Commons Atribuição (CC BY).