Vulnerabilidade feminina a violência física no período da pandemia de Covid-19 [Women’s vulnerability to physical violence during the Covid-19 pandemic] [Vulnerabilidad femenina a la violencia física en el período de la pandemia covid-19]

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/reuerj.2022.65076

Palavras-chave:

Descritores, Saúde da Mulher, COVID-19, Quarentena, Violência contra a Mulher.

Resumo

Objetivo: analisar os fatores que aumentaram a vulnerabilidade feminina à violência física, no período da quarentena para Covid-19. Método: estudo quantitativo, transversal, descritivo, realizado entre agosto e setembro de 2021. Participaram 154 mulheres. Protocolo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: verificou-se que 3,2% tinham ensino fundamental, 80% sofreram violência física, 61,7% tinham ensino superior e 33,7% sofreram violência física. Quanto a renda mensal familiar 6,5% tinham renda menor de R$1.000,00, 80% sofreram violência física, 20,1% tinham renda maior que R$7.000,00, 25,8% sofreram violência física. Quanto ao n.º de filhos, 9,7% tinham mais de 3 filhos, 73,3% sofreram violência física, 18,2% o parceiro fazia uso de drogas ilícitas, 67,9% das mulheres já sofreram violência física. Conclusão: mulheres com baixa escolaridade, baixa renda familiar e maior número de filhos, cujos parceiros (as) fizeram uso de drogas ilícitas apresentaram alta significância estatística e maior vulnerabilidade à violência física durante o período de pandemia para Covid-19.

Objective: to examine factors that increased female vulnerability to physical violence during the quarantine period of the Covid-19 pandemic. Method:  this quantitative, cross-sectional, descriptive study was conducted between August and September 2021, with the participation of 154 women. The project was approved by the research ethics committee. Results: of the 3.2% of these women who had only lower secondary schooling, 80% had suffered physical violence; of the 61.7% with higher education, 33.7% had suffered physical violence. In terms of monthly income. Of the 6.5% with monthly income of less than BRL 1,000.00, 80% had suffered physical violence; of the 20.1% earning over BRL 7,000, 25.8% had suffered physical violence. Of the 9.7% with more than 3 children, 73.3% had suffered physical violence; and of the 18.2% whose partners used illegal substances, 67.9% had suffered physical violence. Conclusion: women with little education, low family income, more children, and partners using illegal substances were found, with high statistical significance, to be more vulnerable to physical violence during the Covid-19 pandemic.

Objetivo: analizar los factores que incrementaron la vulnerabilidad femenina a la violencia física durante el período de cuarentena por Covid-19. Método: investigación cuantitativa, transversal, descriptiva, realizada entre agosto y septiembre de 2021. En él participaron 154 mujeres. El protocolo fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación. Resultados: se encontró que el 3,2% tenía educación primaria, el 80% había sufrido violencia física, el 61,7% había terminado la universidad y el 33,7% había sufrido violencia física. En cuanto al ingreso familiar mensual, del 6,5% que tenía ingresos inferiores a R$ 1.000,00, el 80% había sufrido violencia física; del 20,1% que tenía ingresos superiores a R$ 7.000,00, el 25,8% había sufrido violencia física. Respecto al número de hijos, el 9,7% tenía más de 3 hijos, el 73,3% sufrió violencia física, la pareja del 18,2% consumía drogas ilícitas, el 67,9% de las mujeres ya había sufrido violencia física. Conclusión: las mujeres con baja escolaridad, bajos ingresos familiares y mayor número de hijos, cuyas parejas consumían drogas ilícitas, presentaron alta significancia estadística y mayor vulnerabilidad a la violencia física durante el período pandémico por Covid-19.

Biografia do Autor

Mayara de Souza Santana, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Residente do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Rosângela da Silva Santos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutorado em enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora Adjunta da Faculdade de Enfermagem da UERJ, Brasil. Professora Aposentada da UFRJ, Rio de Janeiro. Brasil

Ana Cláudia Mateus Barreto, Universidade Federal Fluminense

Doutorado em enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Docente do Departamento de enfermagem de Rio das Ostras. Universidade Federal Fluminense. Rio das Ostras. Rio de Janeiro. Brasil. Pós-doutorado - FE / UERJ

Ricardo José Oliveira Mouta, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutorado em enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professor Adjunto do Departamento Materno Infantil da Faculdade de Enfermagem da UERJ. Rio de Janeiro. Brasil.

Sandra Cristina de Souza Borges, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutoranda da Escola de Enfermagem Anna Nery UFRJ, EEAN-UFRJ, Brasil.Professora Assistente do Departamento de Enfermagem Materno-infantil-Faculdade de Enfermagem-Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. Brasil.

Publicado

10.10.2022

Como Citar

1.
Santana M de S, Santos R da S, Barreto ACM, Mouta RJO, Borges SC de S. Vulnerabilidade feminina a violência física no período da pandemia de Covid-19 [Women’s vulnerability to physical violence during the Covid-19 pandemic] [Vulnerabilidad femenina a la violencia física en el período de la pandemia covid-19]. Rev. enferm. UERJ [Internet]. 10º de outubro de 2022 [citado 7º de dezembro de 2024];30(1):e65076. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/enfermagemuerj/article/view/65076

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

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