Educação alimentar e nutricional como prática emancipatória: por uma práxis popular e engajada

Autores

  • Viviane Marinho Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Nutrição Josué de Castro, Departamento de Nutrição Social e Aplicada. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. https://orcid.org/0009-0000-2326-3004
  • Fernanda Ribeiro dos Santos de Sá Brito Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Nutrição Josué de Castro, Departamento de Nutrição Social e Aplicada. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6595-4989

DOI:

https://doi.org/10.12957/demetra.2024.77420

Resumo

Este ensaio teórico visou trazer uma reflexão crítica sobre as aproximações entre as ideias de bell hooks e Paulo Freire em contribuição para a construção de uma Educação Alimentar e Nutricional (EAN) popular e engajada. A metodologia adotada foi a análise das obras desses autores, buscando compreender suas interseções e suas especificidades, sem a pretensão de esgotá-las. A pedagogia engajada proposta por hooks, aliada à pedagogia libertadora de Freire, buscam transformar não só a educação, mas a sociedade, tendo os sujeitos como protagonistas de seu próprio processo de aprendizagem e emancipação. Essas abordagens, ao serem incorporadas na EAN, podem ser promotoras de uma alimentação mais saudável, levando em consideração as questões de raça, gênero, cultura e poder presentes nas desigualdades alimentares nos mais diversos territórios. A EAN popular e engajada também se relaciona com a promoção da segurança alimentar e nutricional, respeitando a diversidade cultural e fomentando a participação política das pessoas e sua autonomia no processo de tomada de decisões relacionadas à alimentação e à saúde. Além disso, a formação de profissionais de saúde comprometidos com essa abordagem é fundamental para promover mudanças significativas nos paradigmas educacionais e na compreensão de  lacunas importantes existentes na formação dos profissionais de saúde, no que se refere aos conteúdos do campo das ciências sociais e humanas. No contexto atual, marcado pelo fortalecimento do agronegócio e pela perda da diversidade alimentar, a EAN popular e engajada se mostra como um caminho para defender as culturas alimentares, lutar pela soberania alimentar e por uma alimentação mais diversa e sustentável.

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Biografia do Autor

Viviane Marinho, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Nutrição Josué de Castro, Departamento de Nutrição Social e Aplicada. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Professora Doutora em ciências pelo Programa de Pós-graduação em alimentação, nutrição e saúde – PPGANS – UERJ. 
Professora Adjunta do Curso de Nutrição do Instituto de Nutrição Josué de Castro – INJC – Departamento de Nutrição Social e Aplicada (DNSA) – Universidade Federal do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – RJ – Brasil. 

Fernanda Ribeiro dos Santos de Sá Brito, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Nutrição Josué de Castro, Departamento de Nutrição Social e Aplicada. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Professora Doutora em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca.
Professora Adjunta do Curso de Nutrição do Instituto de Nutrição Josué de Castro – INJC – Departamento de Nutrição Social e Aplicada (DNSA) – Universidade Federal do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – RJ – Brasil. 

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Publicado

2024-08-03

Como Citar

Marinho, V., & de Sá Brito, F. R. dos S. (2024). Educação alimentar e nutricional como prática emancipatória: por uma práxis popular e engajada . DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 19, e77420. https://doi.org/10.12957/demetra.2024.77420

Edição

Seção

ARTIGOS TEMÁTICOS “EAN: Princípios, Práticas e Desafios”