Compra e venda de alimentos orgânicos para a alimentação escolar: dificuldades e estratégias de superação
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2020.47995Palavras-chave:
Alimentação escolar. Alimentos orgânicos. Agricultura orgânica. Política Pública.Resumo
Objetivo: Foram avaliadas as dificuldades no processo de compra /venda de produtos orgânicos da agricultura familiar para a alimentação escolar em 21 municípios do Sul do Brasil e identificadas as ações para superá-las. Métodos: Estudo quali-quantitativo realizado mediante entrevistas semiestruturadas com 111 informantes-chave envolvidos na alimentação escolar. Os entrevistados foram arguidos sobre as dificuldades da compra / venda de alimentos orgânicos para a alimentação escolar e sobre as ações que estão sendo desenvolvidas e/ou em planejamento para superação dessas problemáticas. Realizou-se análise descritiva das perguntas fechadas com base na distribuição da frequência e análise de conteúdo com codificação e categorização das questões abertas. Resultados: A maioria dos municípios (n=19) não comprava alimentos orgânicos provenientes da agricultura familiar. A pouca disponibilidade de mercado fornecedor e a baixa produção de alimentos orgânicos foram as dificuldades mais relatadas. Em contrapartida, os custos elevados dos produtos e a ausência de interesse da gestão pública na aquisição de alimentos orgânicos foram dificuldades pouco citadas. Os entrevistados apontaram que a compra/venda poderia aumentar com o fortalecimento dos processos de certificação participativa e se os envolvidos tivessem maiores informações sobre os benefícios e riscos dos modelos produtivos. Conclusões: Evidenciaram-se o fortalecimento da assistência técnica e extensão rural, desenvolvimento das regulamentações e incentivos para a certificação orgânica, apoio e investimento para a certificação participativa e orientações técnicas são estratégias necessárias para o incentivo da produção e consumo de alimentos orgânicos na alimentação humana.
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