spinoza on procreation
DOI:
https://doi.org/10.12957/childphilo.2025.90626Palavras-chave:
Espinosa, afetividade, procriação, liberdade, filosofia do amorResumo
Este artigo apresenta um argumento espinosista para o valor ético da procriação, situando a decisão de ter filhos dentro da metafísica e da ética de Espinosa. Os debates contemporâneos sobre a procriação frequentemente a enquadram em termos de autonomia individual, dever social ou preocupações ecológicas, mas a filosofia de Espinosa oferece uma perspectiva distinta, fundamentada no esforço racional, no amor e na expansão da potência humana. Ao examinar as noções espinosistas de conatus, individuação e afetividade, este artigo defende que a procriação, quando abordada racionalmente e com liberdade da mente, não é apenas um ato biológico, mas uma afirmação ética da vida. O quadro causal de Espinosa sugere que, idealmente, uma criança é um efeito de um amor racional, e seu florescimento depende da qualidade desse amor na medida em que ele é causa. Além disso, criar uma criança em um espírito espinosista é uma extensão desse amor racional, oferecendo um caminho para maior compreensão, liberdade e alegria. Em última instância, este trabalho reposiciona a procriação como uma escolha significativa e fortalecedora dentro da visão mais ampla de Espinosa sobre o florescimento humano.
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