re-claiming childhood: embracing alternative time dimensions through philosophy for children

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/childphilo.2025.88213

Palavras-chave:

dimensões qualitativas de tempo, liminaridade, jazz, educação contemporânea, pedagogia crítica

Resumo

Essa proposta nasceu de uma experiência em uma escola de ensino médio e destaca as influências geradoras da Filosofia para Crianças (P4C) em jovens adultos. Primeiramente, discuto e dou exemplos de como o sistema escolar tradicionalmente não valoriza o aprendizado e o pensamento filosófico, reduzindo o processo à distribuição pré-embalada de respostas prontas. Essas formas de aprendizado, também conhecidas como modelo “bancário” de educação, desvalorizam as formas que as crianças têm de conhecer e estar no mundo. Essa postura pedagógica, entre outros problemas, resulta em um foco na dimensão quantitativa-cronológica do tempo, deixando pouco ou nenhum espaço para a importância do momento presente, que pertence e é natural à maioria das experiências infantis. A parte central do artigo é uma tentativa de explicar melhor, por meio de conceitos derivados da antropologia e da pedagogia, em quê consiste essa dimensão alternativa do tempo e que possibilidades ela abre nos ambientes educacionais. Na seção final, defendo que participar de uma comunidade de investigação como a de Filosofia para Crianças como um jovem adulto representa uma complexidade maior, pois é mais difícil romper com certezas consolidadas. No entanto, também envolve a oportunidade de entrar em uma máquina do tempo metafórica que nos permite recuperar o tempo da infância. Essa máquina do tempo metafórica abre possibilidades para que alunos e professores reorientem seu relacionamento consigo mesmos, uns com os outros e com o mundo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

sofia boz, Università degli Studi di Padova

PhD student in Pedagogical Sciences at the University of Padua, IT. She is investigating ways to co-construct a curricular framework that is flexible, dynamic, and responsive to students' needs, inspired by Jazz Pedagogy (Santi, 2016, 2018). She is also a certified Teacher in Philosophy for Children.

Referências

Barreneche, M.M., & Santi, M. (2022). Philosophy for Children: the practice of (dis)orientation in community of inquiry. Studium Educationis, 23(2), 160–170. https://doi.org/10.7346/SE-022022-16

Barreneche, M.M., Santi, M., & Zorzi, E. (2023). Il dis-orientamento come navigazione nell’incertezza. Una ricerca con adolescenti in comunità di indagine filosofica. Edaforum, 20(43), 145–159. https://doi.org/10.19241/lll.v20i43.784

Birch, R. (2020). Discerning hope: Intra-actions of a philosophy for children workshop and the eco-socially just potential of practicing hope. Journal of Philosophy of Education, 54(4), 975–987. https://doi.org/10.1111/1467-9752.12484

Bolhuis, S. (2003). Towards process-oriented teaching for self-directed lifelong learning: A multidimensional perspective. Learning and Instruction, 13(3), 327–347. https://doi.org/10.1016/S0959-4752(02)00008-7

Contage, D. (2019). Infância e invisibilidade: por uma pedagogia do oculto. Childhood & Philosophy, 15, 1–15. 10.12957/childphilo.2019.42877

Cosentino, A., & Lupia, M.R. (2021). Didattica della comunità di ricerca. Per un’educazione democratica. Anicia.

Freire, P. (1971). La pedagogia degli oppressi. Mondadori.

Gadamer, H. G. (1989). Truth and method (J. Weinsheimer & D. G. Marshall, Eds. & Trans.; 2nd ed.). Crossroad.

Gennep, A. van (1960) [1909]. The Rites of Passage. Chicago University Press.

Gould, S.J., & Vrba, E.S. (1982). Exaptation. A missing term in the science of form. Paleobiology, 8(1), 4–15.

Haiven, M., & Khasnabish A. (2014). The Radical Imagination: Social Movement Research in the Age of Austerity. Zed Books.

hooks, b. (1994). Teaching to Transgress: Education as the Practice of Freedom. Routledge.

hooks, b. (2003). Teaching Community. A Pedagogy of Hope. Routledge.

hooks, b. (2010). Teaching Critical Thinking. Practical Wisdom. Routledge.

Kennedy, D., & Kohan, W.O. (2016). Childhood, Education and Philosophy. A matter of time. In M.R. Gregory, J. Haynes, & K. Murris (Eds.), The Routledge International Handbook of Philosophy for Children. Routledge. https://doi.org/10.4324/9781315726625

Kohan, W.O. (2014). Philosophy and Childhood. Critical Perspectives and Affirmative Practices. Palgrave McMillan.

Lipman, M. (1980). Philosophy in the Classroom. Temple University Press.

Manguel, A. (2016). Curiosity.Yale University Press.

Masschelein, J. (2010). E-ducating the gaze: the idea of a poor pedagogy. Ethics and Education, 5(1), 43–53.

Oliveros, P. (2005). Deep listening - A composer’s sound practice. iUniverse, Inc.

Santi, M. (Ed.) (2005). Philosophy for Children: un curriculo per imparare a pensare. Liguori Editore.

Santi, M. (2015). Improvvisare creatività: nove principi di didattica sull’eco di un discorso polifonico. Studium Educationis, 2, 103–113.

Santi, M., & Zorzi, E. (Eds.). (2016). Education as Jazz: Interdisciplinary Sketches on A New Metaphor. Cambridge Scholars.

Santi, M. (2017). Jazzing Philosophy for Children. An improvising way for a new pedagogy. Childhood & Philosophy, 15, 1–19.

Santi, M. (2020, March 15). “Perdersi per ritrovarsi”: in ricordo di Ezio Bosso. Il Bo Live, il giornale dell’Università di Padova. https://ilbolive.unipd.it/it/news/perdersi-ritrovarsi-ricordo-ezio-bosso.

Thomassen, B. (2009). The Uses and Meaning of Liminality. International Political Anthropology, 2(1), 5-28.

Turner, V. (1967). Betwixt and Between: The Liminal Period in Rites de Passage. In V. Turner, The Forest of Symbols. Cornell University Press.

Zorzi, E., Camedda, D., & Santi, M. (2019). Tra improvvisazione e inclusione: il profilo “polifonico” delle professionalità educative. Italian Journal of Special Education and Inclusion, 7(1), 91–100.

Downloads

Publicado

2025-02-24

Como Citar

BOZ, Sofia. re-claiming childhood: embracing alternative time dimensions through philosophy for children. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 21, p. 01–22, 2025. DOI: 10.12957/childphilo.2025.88213. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/88213. Acesso em: 1 maio. 2025.

Edição

Seção

dossier: “philosophy with children across boundaries”