costurando tapetes de histórias - quando as crianças assumem os enredos, um fazer artesanal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/childphilo.2020.48488

Palavras-chave:

crianças, tapetes de histórias, literatura, narrativas, artesanal

Resumo

O intuito desse texto é pensar como o fazer artesanal se apresenta na linguagem de tapetes tridimensionais de histórias, criados e confeccionados a partir de livros, técnica e iniciativa de fomento à leitura que teve origem na França e são desenvolvidas no Brasil desde 1997, refletindo sobre sua sobrevivência em tempos tecnológicos e acelerados. Para melhor estudar essa questão, foi realizada uma experiência no contexto específico do Solar Meninos de Luz (instituição escolar filantrópica) com crianças de 9 a 11. O objetivo foi observar como as crianças se apropriavam especificamente dos materiais e da linguagem, elaborando discursos narrativos próprios. Entre os achados da pesquisa estão a elaboração do conceito metodológico de pesquisa-ateliê e a prática artesanal de criar e costurar tapetes como sugestão de desenvolvimento e fortalecimento do eu-narrador. Busca-se, também, refletir sobre como as crianças se relacionam com as dimensões artesanais e tecnológicas ao experienciarem a contação de histórias com tapetes. A pesquisa aponta apropriações específicas e nos ajuda a pensar sobre o exercício da expressão, a elaboração de discursos e os processos de comunicação em espaços de formação. Ela nos aponta desafios para a formação dos sujeitos e para os espaços educativos.

Biografia do Autor

daniela fossaluza, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Possui graduação em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2000), especialização em literatura infanto-juvenil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Concluiu o mestrado através do Programa de Pós-Graduação em Educação da UniRio. Atualmente, é membro do conselho do Instituto Rio de Histórias e diretora sócia da empresa de arte e educação Costurando Histórias Promoção de Eventos Culturais e Artísticos Ltda, além de lecionar na Escola Parque (RJ) ministrando oficinas de artes. Desenvolve a linguagem da narração de histórias através de tapetes tridimensionais - objetos artesanais criados a partir de livros infantojuvenis, desde 1998, uma prática de estímulo e fomento à leitura realizada junto à instituições de ensino, arte e cultura. Desde 2001, é responsável pela direção artística da Cia. Costurando Histórias, participando também como atriz e criando os cenários que compõem os espetáculos do grupo. Apresenta espetáculos, ministra oficinas e expõe suas obras em eventos literários, festivais de artes, espaços culturais e instituições de ensino.

Referências

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 2012 – (Obras Escolhidas v.1).

BENJAMIN, Walter. Rua de Mão Única. São Paulo: Brasiliense, 2012 – (Obras Escolhidas v.2).

BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Editora 34, 2014.

FOSSALUZA, Daniela. Retalhos Animados: Narrativas das Crianças com Tapetes Tridimensionais de Histórias –entre as dimensões artesanais e tecnológicas. Dissertação (Mestrado em Educação) Programa de Pós-Gradução em Educação, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.

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Publicado

2020-08-25

Como Citar

fossaluza, daniela. (2020). costurando tapetes de histórias - quando as crianças assumem os enredos, um fazer artesanal. Childhood & Philosophy, 16(36), 01–23. https://doi.org/10.12957/childphilo.2020.48488

Edição

Seção

dossier: estudos da infância: politizações e estesias