bens internos do ensino na filosofia para crianças: o papel do professor e a natureza do ensino em filosofia para crianças
DOI:
https://doi.org/10.12957/childphilo.2017.27353Palavras-chave:
Internal goods, philosophy for children, philosophy with children, Alasdair MacIntyre, community of inquiryResumo
A Filosofia para Crianças (FPC) promove uma pedagogia que se constrói sobre um processo coletivo de busca pela verdade e construção de significado. Ao invés de encarar os professores como a fonte do conhecimento, eles são mais frequentemente descritos como facilitadores neste processo comum. A FPC é parte de um movimento mais abrangente na educação, que tem por objetivo o de colocar a criança no centro do processo de ensino e de aprendizagem. Contudo, a FPC, similarmente a outras pedagogias centradas na criança, traz novos desafios para o entendimento do papel do professor. O presente artigo mapeia as questões relativas à pedagogia da FPC incorporando a noção de pratica de Alasdair Macintyre’s (1984) e a educação da FPC. O conceito de prática de Macintyre oferece a fonte para desvendar os bens internos do ensino na FPC. Este artigo situa os bens internos no professor e no seu trabalho ou performance. Especialmente, uma fenomenologia moral particular e o estilo biográfico de um professor de FPC são articulados para expor os bens internos encontrados no professor. O trabalho do professor é caracterizado como implicando dois componenetes que formam o seu papel. Um deles compõe a plataforma para o progresso coletivo baseado em critérios epistêmicos e outro nivelamento dos julgamentos especificamente educacionais que o professor deve fazer individualmente, que juntos formam os bens internos encontrados na performance. A natureza do ensino e o papel do professor em FPC fornecem um conjunto de bens para o professor de FPC em suas tarefas educacionais.