a emergência do sujeito cerebral e suas implicações para a educação

Autores

  • divino josé silva
  • alexandre fernandez vaz

DOI:

https://doi.org/10.12957/childphilo.2016.22996

Resumo

O objetivo neste artigo é compreender a emergência dos discursos em torno do “sujeito cerebral” e seus eventuais vínculos com a biopolítica contemporânea e as formas de condução da conduta dos indivíduos que são instados a estarem à altura das demandas competitivas do mercado de trabalho, a investirem em si mesmos, a se tornarem pequenos empreendedores de si mesmos. O que parece ficar evidente nos discursos acerca do “sujeito cerebral” é a certeza de que se poderá corrigir e potencializar capacidades e habilidades dos indivíduos, em função de torná-los mais produtivos e eficientes. Há uma clara relação entre os modos como se caracteriza e se deve investir na constituição desse “sujeito cerebral” e o investimento em capital humano. Numa sociedade estruturada pela lógica do desempenho, torna-se evidente que os processos de medicalização, orientados pelos critérios da eficiência cerebral, visam a aumentar a performance no trabalho, nos processos de aprendizagem, criando uma espécie de “mais valor comportamental” e um “superávit de desempenho.” É também com base nessa lógica de desempenho que se define ou se busca reparar os cérebros ineficientes (sujeitos ineficientes/deficientes).

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Publicado

2016-08-06

Como Citar

SILVA, Divino josé; VAZ, Alexandre fernandez. a emergência do sujeito cerebral e suas implicações para a educação. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 12, n. 24, p. 211–230, 2016. DOI: 10.12957/childphilo.2016.22996. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/22996. Acesso em: 2 maio. 2025.

Edição

Seção

dossiê