aprender a fragilidade. meditação filosófica sobre uma exceção existencial
Palavras-chave:
fragilidad, cuidado, excepción existencialResumo
Não é a «facilidade» em aprender - o fato de que seja habitual fazê-lo - o que justifica um pensamento sobre a educação, mas a experiência de sua dificuldade. Esta é a raiz do argumento que pretendo desenvolver neste texto. Trata-se de uma reflexão que toma como ponto de apoio a experiência humana, não da normalidade, mas a da excepcionalidade, entendida como experiência do frágil e do vulnerável. Primeiro, porque creio que em certos formatos discursivos sobre a educação inaugurou-se o gesto impertinente e perverso de introduzir os jovens (as crianças e os adolescentes) dentro das salas de aula de nossas escolas para - fechando suas portas atrás deles – impedir sua saída ao mundo, convertendo-lhes assim em eternamente menores de idade; eternos aprendizes; e segundo, porque a filosofia parece incapaz (envergonhandose de si mesma) em suas aspirações de construir um pensamento adulto e organizado, de dizer quase nada ante os que se mostram no mundo como uma voz às bordas da palavra. Frente a toda uma tradição que, tanto na filosofia moral como na filosofia política e na filosofia da educação, pensou os assuntos que lhes concerniam (a experiência ética, a ação política, a atividade da educação, respectivamente) desde a experiência de uma certa ordem do normal, ou do normalizado, trata-se, então, de pensar a educação como uma experiência do «cuidado de si» e do «cuidado do outro» que toma como ponto de apoio e reconhecimento ético o vulnerável, o que devém outro por acidente.Downloads
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Publicado
2012-06-22
Como Citar
BÁRCENA, Fernando. aprender a fragilidade. meditação filosófica sobre uma exceção existencial. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 8, n. 15, p. 11–31, 2012. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20736. Acesso em: 2 maio. 2025.
Edição
Seção
artigos