a participação da filosofia numa ética e numa política de alegria

Autores

  • juliana merçon Instituto Michoacano de Ciencias de la Educación, México

Resumo

Esse artigo é inspirado no trabalho do filósofo do século XVII Benedictus de Spinoza. Mas como esse inicial pensador “racionalista” moderno contribui para as nossas visões a respeito da filosofia com crianças hoje? Nesse artigo eu examino alguns dos aspectos crucias da filosofia de Spinoza, que não são somente extremamente úteis para o nosso entendimento da filosofia com crianças, mas também inspiradores porque desafiam alguns de nossos modos de pensar enraizados e abrem espaço para novas relações com o conhecimento, com os outros e com nós mesmos. Primeiramente, a ontologia relacional de Spinoza nos permite perceber-nos como momentos em um processo de integração. A compreensão da conectividade é crucial para a expansão de nossos poderes ou atividades. Segundamente, razão e afetividade não estão separadas na filosofia dele. Nosso poder de pensar e afetar é diretamente associado com o nosso poder de ser afetado ou nossa abertura aos outros. Esses dois aspectos primeiros apresentam muito bem a sua ética e o seu projeto político. Desde que, para Spinoza, a alegria é a passagem de um menor para um maior poder de agir, e a virtude é equiparada com a atividade, eu argumento que a prática coletiva da filosofia pode ser entendida nessa perspectiva como essencialmente alegre, num sentido político e ético: ela aumenta o nosso poder através do aumento do poder também experimentado pelos outros. Palavras-chave: Spinoza; relacionalidade; poder de afetar e ser afetado; razão e afetividade.

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Publicado

2010-04-27

Como Citar

merçon, juliana. (2010). a participação da filosofia numa ética e numa política de alegria. Childhood & Philosophy, 3(6), pp. 213–225. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20518

Edição

Seção

artigos

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