produções imagéticas: uma pesquisa no modo criança
DOI:
https://doi.org/10.12957/childphilo.2022.69890Parole chiave:
crianças, infâncias, produções imagéticas, pesquisaAbstract
Este artigo parte de uma pesquisa guiada por uma metodologia de produção de imagens por crianças e desenvolvida na Zona da Mata, em Rondônia no cotidiano familiar de crianças de 2 a 6 anos. As produções imagéticas (fílmicas e fotográficas) infantis disparam esta escrita e expressam um plano de composição possível para pensarmos a criança, a infância e a pesquisa. Partindo das inquietações de isolamento social? As crianças pela infância o que nos apresentam em espaços para além da escola? Para tanto, no primeiro momento apresentamos o caminho que se fez por uma pesquisa experiência com traços cartográficos, no modo criança. No segundo trazemos as crianças pela infância se engendrando em um começo com cores e falas que atravessam essa escrita. No terceiro momento operamos com experiências, falas e produções imagéticas de crianças em um movimento que nos faz pensar no que podem crianças com uma câmera nas mãos? Esses movimentos nos permitem adentrar temporalidades e espacialidades contagiantes que mobilizam experiências sensíveis de pensamentos para outras formas de estar no mundo e na pesquisa em tempos de pandemia. O que as meninas e os meninos pequenos nos trazem a partir de suas imagens e filmagens é a potência das experiências, dos rastros, restos e retalhos, revelando, assim, uma grande capacidade de espanto com as coisas que para nós podem passar despercebidas. Elas nos convocam a experimentar outros modos de ver e de nos relacionar com o mundo, criando outros sentidos e sensações para a pesquisa ou mesmo para a vida em si.
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