da necessidade de interrogar o pensamento: gestos sobre a infância no tempo escolar
DOI:
https://doi.org/10.12957/childphilo.2018.30310Parole chiave:
infância, tempo, educaçãoAbstract
Apresentamos neste artigo os gestos produzidos sobre a infância na interface com o tempo escolar. Os gestos sobre a infância são construídos historicamente de acordo com as modificações sofridas pela sociedade. Agamben, Leal, Bakhtin/Volochinov, Kohan, Vieira, Bento e Meneghel, Kramer, Borba discutem modos de pensar a infância na educação. Sabemos ainda que ao longo da história, o tempo foi concebido de diversas formas e ainda o é. Na problematização do tempo, dialogamos com Santo Agostinho, Oliveira, Marques C. e Marques L, Skliar. Diante dessas formas de pensar a infância e o tempo, quais olhares sobre a infância na interface com o tempo escolar têm sido apresentados nas produções em educação? A infância tem sido apresentada nas produções ainda como tempo social, iniciando-se um movimento de considerar o acontecimento, a experiência, havendo uma correlação de forças entre os gestos da infância enquanto tempo social e ligada à temporalidade. Considerar a infância relacionada à tensão entre o tempo social e o tempo como intensidade do presente, imprime a necessidade de gestos pedagógicos que pensem esta tensão e, assim, considerem as crianças da/na Atualidade, estreitando as suas relações com a escola, com o conhecimento e com a vida. Podemos inventar caminhos não somente imaginados como possíveis. Podemos estreitar a relação entre tempo, infância, experiência. A interrogação e não a convicção possibilita o sentido do conhecimento na materialidade das nossas práticas, seja o conhecimento produzido dentro ou fora da universidade. Estes são assuntos pouco privilegiados nas matrizes curriculares e disciplinas que abordam a questão das crianças, suas infâncias e temporalidades.