A TEORIA DA ICONICIDADE VERBAL, DE DARCILIA SIMÕES, APLICADA À INTERPRETAÇÃO DO SIGNO INSÓLITO

Conteúdo do artigo principal

Eleone Ferraz de Assis

Resumo

Este estudo dedicou-se a descrever e interpretar a tessitura textual dos fenômenos insólitos no romance Sombras de Reis Barbudos, de José J. Veiga, com base na associação entre a Teoria da Iconicidade Verbal e o insólito ficcional. Centrou-se, especificamente, nas marcas linguísticas que representam ideias ou conduzem o intérprete à percepção de que o insólito é construído no texto por meio de itens léxicos que constituem pistas icônicas. Merecem especial interesse, sobretudo, os substantivos, que, por serem palavras com alta iconicidade, participam da construção/representação de fenômenos insólitos e criam, por meio da trilha léxica, o itinerário de leitura para o texto-córpus. Fundamentou-se a discussão no insólito como categoria essencial do fantástico modal (BESSIÈRE, 2009; COVIZZI, 1978; FURTADO, s.d.; PRADA OROPREZA, 2006) e na Semiótica de extração peirceana, com enfoque na Teoria da Iconicidade Verbal (SIMÕES, 2007-2009). A análise comprova que os substantivos, como categorias linguísticas caracterizáveis semanticamente, têm a função designatória ou de nomeação na arquitetura de um texto em que se manifesta o insólito. Revela também que a incongruência lexical constitui-se em uma chave para a construção do ilógico, mágico, fantástico, misterioso, sobrenatural, irreal e suprarreal no texto-córpus.

Detalhes do artigo

Como Citar
Assis, E. F. de. (2021). A TEORIA DA ICONICIDADE VERBAL, DE DARCILIA SIMÕES, APLICADA À INTERPRETAÇÃO DO SIGNO INSÓLITO. Caderno Seminal, 37(37). https://doi.org/10.12957/seminal.2021.59232
Seção
Visões Semióticas (Homenagem à Darcilia Simões)