REGÊNCIA VERBAL: NORMAS E USOS NO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
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Resumo
Considerando a realidade brasileira, é de grande relevância o estudo da variação linguística existente, que decorre de fatores de diferentes naturezas, tais como geográficos, sociais e situacionais. Cabe salientar que tais variações ocorrem em todos os campos da língua: o fonético-fonológico, o lexical, o sintático e o semântico. Ainda que cada uma dessas variações cumpra o papel que lhes cabe em termos de interação social, é importante destacar a importância que o conhecimento da variante padrão desempenha em uma sociedade letrada. O domínio dessa variante garante o livre acesso aos bens culturais, permitindo-lhes ação mais efetiva na transformação da comunidade linguística em que se inserem. O presente artigo tem como foco o campo da sintaxe, mais especificamente, a sintaxe da regência verbal, no qual se prioriza o estudo dos verbos transitivos. O estudo da sintaxe de uma língua ultrapassa, e muito, o conhecimento de nomenclaturas adequadas à classificação de termos, orações e conectores; ao contrário, o conhecimento da sintaxe de uma língua permite que seus usuários aprimorem a capacidade de leitura e de produção de textos. Efetiva, portanto, o desenvolvimento da competência comunicativa, que evolve a gramatical e a textual. O tema em pauta visa a analisar o desempenho lingüístico de 53 alunos concluintes do Ensino médio frente à produção de enunciados em que lhes é solicitada o emprego de verbos que, segundo os padrões da gramática tradicional, são regidos por preposições específicas. Como fundamentação teórica, recorremos, entre outros estudiosos, a Bechara (2009), Azeredo (2008), Castilho (2012) e Neves (2000).
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