Violência em periferias urbanas e suas repercussões psicossociais para juventudes negras: um estudo com estudantes de escolas públicas de Fortaleza-CE

Authors

DOI:

https://doi.org/10.12957/sustinere.2025.92970

Keywords:

Juventudes, Racismo, Violência, Escola, Psicologia

Abstract

Este artigo aborda como a violência em periferias urbanas de Fortaleza/CE repercute psicossocialmente na vida de jovens negras/os estudantes de escolas públicas nessas áreas. Utilizando uma abordagem quantitativa, aplicou-se um questionário a 497 alunos de ensino médio de 12 escolas distribuídas por cinco bairros da cidade. Realizou-se análises descritivas e análises de frequência intragrupo, visando investigar comparativamente as experiências de vitimização, percepções de segurança e repercussões educacionais da violência entre pessoas com diferentes pertencimentos raciais. As análises foram efetuadas por meio do software JASP 0.17.1.O texto evidencia com autodeclarados pretos e pardos, em geral, apresentam maior vitimização, menor percepção de segurança e condições de acesso e permanência escolar mais prejudicadas, em comparação com estudantes brancos. A discussão dos resultados ressaltam desafios para que a escola opere como espaço de proteção de juventudes negras. As considerações finais do artigo frisam a importância da implementação de políticas públicas antirracistas e do suporte de ações intersetoriais, comunitárias e transdisciplinares.

Author Biographies

João Paulo Pereira Barros, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Professor Associado do Departamento de Psicologia da UFC (Setor de Estudos de Psicologia Social). Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) de janeiro de 2019 a julho de 2020, tendo sido vice coordenador do Programa entre julho de 2017 a dezembro de 2018. Neste programa de pós graduação, orienta dissertações, teses e supervisiona pós-doutorado. De 2020 a 2022, foi Editor Associado da Revista Psicologia: Ciência e Profissão (Qualis A2), ligada ao Conselho Federal de Psicologia. Desde 2018, é Editor Associado da Revista de Psicologia da UFC (qualis A4), ligada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia daquela instituição. Doutor em Educação, mestre e graduado em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Especialista em Saúde Mental pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Foi professor efetivo do Curso de Psicologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), na área de Psicologia e Saúde Coletiva nos anos de 2012 e 2013. Tem experiência nas áreas de Psicologia Social/Psicologia Comunitária, Psicologia Escolar/Educacional e no campo da Saúde Coletiva/Saúde Mental. Lider do VIESES-UFC: Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação, cadastrado no diretório de grupos de pesquisa do CNPQ e que também é um Programa de Extensão ligado ao Departamento de Psicologia da UFC. Foi membro do GT/ANPEPP "Territorialidades, Violências, Políticas e Subjetividades" entre 2019 e 2023 e atualmente integra o GT/ANPEPP "Psicologia Social Jurídica". Editor Associado da Revista Psicologia Ciência e Profissão, do Conselho Federal de Psicologia (CFP), e da Revista de Psicologia da UFC. Membro da gestão 2023/2024 da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Política (ABPP). Representa a UFC no Grupo Interinstitucional sobre Saúde Mental no Sistema Socioeducativo, coordenado pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e de Execução de Medidas Socioeducativas (GMF, do Tribunal de Justiça do Ceará. Foi membro do Conselho Consultivo do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, ligado à assembleia legislativa do Ceará e UNICEF. Representa a UFC no GT interinstitucional sobre saúde mental no sistema socioeducativo do Ceará, uma iniciativa liderada pelo Tribunal de Justiça do Ceará. Participou, como especialista convidado, da elaboração das Referências Técnicas para Atuação da/o Psicóloga/o nas Políticas Públicas de Segurança e das Referências Técnicas para Atuação da/o Psicóloga/o em Medidas Socioeducativa em Unidades de Internação, do CREPOP, do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Foi relator do Comitê de Ética em Psicologia da UFC de 2014 a 2018. Participou da fundação da Rede Jubra, em 2017, articulação nacional de pesquisadoras e pesquisadores sobre Juventude. Dedica-se aos seguintes temas, a partir de interlocuções da Psicologia Social e da Psicologia Política com a filosofia da diferença, estudos contracoloniais e da criminologia crítica: aspectos psicossociais da violência na contemporaneidade; efeitos da violência nas condições de saúde mental de segmentos sociais inseridos em periferias urbanas; neoliberalismo, autoritarismos, discursos de ódio e seus processos de subjetivação; territorialidades urbanas e (re)existências coletivas; pesquisas participativas e produção de conhecimento em Psicologia.

Mayara Ruth Nishiyama Soares, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Professora Substituta na FAFIDAM/UECE - Campus de Limoeiro do Norte. Psicóloga (CRP 11-20333). Doutoranda em Psicologia no Programa de Pós Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) na linha de pesquisa 2 - Subjetividade e Crítica do Contemporâneo, sob orientação da Profa. Dra. Luciana Lobo Miranda. Mestra em Psicologia também pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Graduada em Psicologia também pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Integrante e pesquisadora-discente do Laboratório em Psicologia, Sociedade e Subjetividade (LAPSUS) e do Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação (VIESES). Proponente e arte educadora do projeto "Artes Insurgentes". Integrante do coletivo de pesquisas e intervenções É da nossa escola que falamos. Representante estudantil do PPGPSI-UFC. Integrante do Fórum de Estudantes Negres da Psicologia UFC Ilê ti Oniruuru.Tenho interesse de investigação nas áreas de Gênero, Decolonialidade, Interseccionalidade, Feminismo Negro, Psicologia Social, Psicologia Escolar/Educacional, Esquizoanálise, Estudos Foucaultianos e Teoria Queer, sobretudo estudos interdisciplinares na área social-saúde-educação. 

Raimundo Cirilo de Sousa Neto, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Graduado em Psicologia na Universidade Federal do Ceará e militante das lutas antirracistas. Dedicado aos estudos decoloniais e pós-coloniais, das filosofias das diferenças e dos processos de subjetivação contemporâneos engendrados e produzidos pelo racismo e branquitude, a fim de promover interpenetrações, diálogos e deformações entre esses campos teórico, utilizando-se da arte e da estética como fortes intercessoras/aliadas/analisadores para estes processos. É bolsista de Iniciação Científica sob orientação do Prof. João Paulo Barros e com financiamento CNPq. Foi bolsista de Iniciação à Docência na Disciplina de Teorias e Práticas em Psicologia Social II entre 2021 e 2022. Atuou como extensionista/pesquisador com atuação em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) na cidade de Fortaleza utilizando a arte como forte aliada em nossas atuações e intervenções. Fez parte da curadoria de exposições virtuais, com obras dos usuários do CAPS, experimentando assim, mesmo que inicialmente, curadoria e divulgação artística. Desenvolveu atividades em escolas públicas do Grande Bom Jardim, em forma de oficina, discutindo gênero, artes, subjetivação, racismo e violência, por meio do projeto ?Artes Insurgentes: coletivizando resistências? contemplado pelo Edital de Iniciativas Comunitárias do Centro Cultural Bom Jardim em 2021. Participou do Programa de Educação Tutorial PET-Psicologia, entre os anos de 2018 e 2021, e do Programa de Promoção de Arte, Saúde e Garantia de Direitos - PASÁRGADA, em 2021. Atualmente compõe o VIESES - Grupo de Pesquisa e Intervenções sobre Violência, exclusão social e subjetivação. Instagram: @xrcirilo. E-mail: xrcirilox@gmail.com.

Carla Jéssica de Araújo Gomes, Centro Universitário Christus (Unichristus)

Doutoranda e Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), na linha Processos Psicossociais e Vulnerabilidades Sociais, sob orientação do Prof. Dr. João Paulo Pereira Barros. Graduada em Psicologia pela UFC, com a distinção acadêmica Summa Cum Laude. Integrante, desde 2018, do Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação (VIESES-UFC), cadastrado no diretório de grupos de pesquisa do CNPq. Em 2018 e 2019, foi bolsista de extensão do projeto "Histórias Desmedidas", vinculado ao VIESES-UFC e ao Departamento de Psicologia da UFC. Entre 2019 e 2021, fez parte, como pesquisadora voluntária, e depois como bolsista de iniciação científica, do projeto de pesquisa "Juventude e violência urbana: cartografia de modos de subjetivação na cidade de Fortaleza-CE.", sob orientação do Prof. Dr. João Paulo Pereira Barros. Desde 2021, integra a equipe do projeto "Artes Insurgentes: Coletivizando Resistências". Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente com os seguintes temas: juventudes, direitos humanos, políticas públicas, resistências e violência urbana.

Ana Thaís Albuquerque Norões Boutala, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), atualmente no 7 semestre. Membra do do Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação(VIESES/UFC) desde 2023, onde atua como extensionista no projeto Histórias Desmedidas desde então. Bolsista CNPq de Iniciação científica no projeto "Violências em periferias urbanas e suas repercussões na saúde mental de juventudes de Fortaleza". Além disso, é extensionista no Programa de Arte, Saúde e Garantia de Direitos (Pasárgada), vinculado ao Laboratório em Psicologia, Subjetividade e Sociedade (LAPSUS), sob a coordenação da Profa. Dra. Mariana Tavares Cavalcanti Liberato. Compõe o projeto Quilombolar: permanecer negro na Universidade, como integrante voluntária desde 2023. Membra fo Fórum de Negres da Psicologia UFC- - Ilê Ti Oniruuru. Tem interesse nos estudos decoloniais, esquizoanálise, psicologia social, interseccionalidade, estudos raciais, branquitude, estudos de gênero, filosofia da diferença, arte e saúde mental, psicanálise, mulheridades e debates sobre estéticas negras e indígenas.

Levi de Freitas Costa Araújo, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Graduando em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Integra, desde 2021, do Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação (VIESES-UFC), cadastrado no diretório de grupos de pesquisa do CNPq. Integra também, desde 2023, o Laboratório em Psicologia, Subjetividade e Sociedade (LAPSUS-UFC) onde compõem com o programa Promoção de Arte, Saúde e Garantia de Direitos (PASARGADA) e com o projeto Artes Insurgentes: coletivizando resistências. Foi bolsista CNPq de Iniciação Científica pelo projeto "Dinâmicas Psicossociais da Violência em Periferias de Fortaleza: efeitos no cotidiano e na saúde mental de jovens de escolas públicas" coordenado pelo Prof. Dr. João Paulo Pereira Barros, entre 01 de Setembro de 2022 a 31 de Agosto de 2023. Atualmente é bolsista CNPq de Iniciação Científica pelo projeto "Violência no Grande Bom Jardim, seus efeitos socioeducacionais e o papel protetivo da escola: um estudo com estudantes, profissionais e gestores de instituições públicas de ensino médio", coordenado pelo Prof. Dr. João Paulo Pereira Barros. Tem interesse nos estudos decoloniais, esquizoanálise, psicologia social, interseccionalidade, estudos raciais, branquitude, estudos de gênero, filosofia da diferença, arte e saúde mental.

Antonio Caio Renan Silva Penha, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Graduando em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Integrante do Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação(VIESES/UFC) desde 2024, onde atua como extensionista no projeto Histórias Desmedidas. É bolsista de desenvolvimento tecnológico e inovação (PIBITI/UFC) no projeto "Juventudes, Escolas Públicas e Periferias Urbanas: Desenvolvimento tecnológico e inovação do âmbito de prevenção de violências e promoção de cuidado em saúde mental" e bolsista voluntário do Programa de Iniciação à Docência (PID/UFC), ambos sob orientação do Prof. Dr. João Paulo Pereira Barros. Integra também o Programa de Extensão Pasárgada - Promoção de Arte, Saúde e Garantia de Direitos, também vinculado à UFC, na pesquisa "Dispositivos artístico-terapêuticos na saúde mental: produção de cuidado em uma perspectiva interseccional da Reforma Psiquiátrica fortalezense - Etapa II" com ênfase na interface entre a categoria vulnerabilidade e atenção psicossocial. Compõe o Fórum de Negres da Psicologia UFC - Ilê Ti Oniruuru. Tem interesse nas áreas de Relações étnico-raciais, Descolonialidade, Comunicação, RAPS, Esquizoanálise, Design e Juventudes.

Damião Soares de Almeida-Segundo, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS)

Graduado em Direito pela Universidade de Fortaleza (2015). Graduado em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (2022). Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (2019), com mobilidade acadêmica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Doutor em Psicologia pela UFRGS (2024), com período como pesquisador visitante na Universidade do Porto. Membro do "Inclusion, Diversity, Equity, and Access Committee" da Society for the Improvement of Psychological Science (SIPS) e do GT "Psicologia, Preconceito e Vulnerabilidade Social" da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP). Tem experiência na área de interface Psicologia/Direito, ao longo dos anos vem desenvolvendo pesquisas em Psicologia Social, Psicometria e Métodos de pesquisa, principalmente relacionadas aos temas de cognição social, preconceito, discriminação e psicologia social do julgamento.

Bruno Vieira dos Santos, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Mineiro de Belo Horizonte, sou bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com habilitação em Jornalismo. Tenho mestrado em Psicologia Social pela UFMG e doutorado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Venho me dedicando a temas ligados à Comunicação Comunitária, Memória, Juventude(s), Epistemicídio e Cultura. Sou integrante do OriGepcol, projeto vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Poder, Cultura e Práticas Coletivas (GEPCOL / UFPE) que debate questões sobre memória e racismo ambiental. Estou bolsista CNPq de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará - UFC, campus Fortaleza, estando vinculado ao Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violências e Produção de Subjetividades - VIESES. Produzo, apresento e faço a programação musical do Aldeias e Quilombos, programa semanal de rádio exibido pela Frei Caneca 101.5 FM, de Recife (PE). Sou pesquisador filiado à Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN). Meu contato é brunovieira.comunica@gmail.com

Luiz Fábio Silva Paiva, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Ceará e mestre e doutor em Sociologia pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará. Professor Associado de Sociologia do Departamento de Ciências Sociais, do Programa de Pós-graduação em Sociologia da UFC. Vice-diretor e Coordenador de Programas Acadêmicos do Centro de Humanidades da UFC. Coordenador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV/UFC) e Vice coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Violência, Poder e Segurança (INViPS/CNPq). Coordenador local da Rede de Observatórios da Segurança e pesquisador de produtividade do CNPq (PQ 2). Pesquisa os efeitos sociais da violência, relações de poder, segurança pública e dinâmicas criminais contemporâneas. 

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Published

2025-09-16

How to Cite

Barros, J. P. P., Soares, M. R. N., Sousa Neto, R. C. de, Gomes, C. J. de A., Boutala, A. T. A. N., Araújo, L. de F. C., … Paiva, L. F. S. (2025). Violência em periferias urbanas e suas repercussões psicossociais para juventudes negras: um estudo com estudantes de escolas públicas de Fortaleza-CE. Revista Sustinere, 13, 275–297. https://doi.org/10.12957/sustinere.2025.92970