ECOS DE UM CORPO (DES)VIADO
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2021.54627Palavras-chave:
Corpo, Filosofia da diferença, Docência-(des) viado, Educação.Resumo
Resumo: A escrita compõe-se sobre as marcas vivas do corpo, buscando as linhas de fuga para pensar a educação e a sexualidade em seu percurso experimental, sendo o mesmo fio condutor metodológico que infiltra as paredes educacionais por uma nova imagem de corpo-professor, apontando para a ideia de que os vazamentos ocasionados agem nas experimentações corporais que deslocam o corpo-masculino dos lugares convencionais e o aproximam do corpo-devir-viado. Esse processo se localiza dentro da minha experiência como professor de ciências, trazendo o corpo como ação inventiva, que se desloca para reconfigurar olhar e adentrar a estética da sensibilidade por uma educação-movediça, (re) criando novas conexões para afirmar o lugar do corpo-professor, viado, amazônico, incorporando modos de (r)existência.
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