Educação revolucionária ou retórica? O 25 de abril e os planos educacionais para uma nova diretriz pedagógica em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2019.44856Palavras-chave:
Educação libertária. Portugal. Educação.Resumo
Interessa no presente artigo, apresentar como o processo de democratização em Portugal lidou com as demandas sociais sedentas de mudanças no plano nacional de reconstrução. Destaca-se a educação como função importante nas propostas de reformulação do plano educacional e de que maneira as propostas e previsões foram apresentadas e acatadas. Os órgãos e cooperações comunitárias e/ou partidárias desenvolvidas no processo revolucionário serviu de terra fértil para a germinação de ideias e práticas educacionais não tradicionais. Buscaremos demonstrar a importância das transformações educacionais no período revolucionário português (1974-1975) até a Constituição de 1976 para a construção da democracia que se assentará posteriormente, sobretudo nas organizações pedagógicas, e com o Movimento da Escola Moderna e a Escola a Ponte.
Referências
ALMEIDA, S. V. “‘A caminhada até às aldeias’: A ruralidade na transição para a democracia em Portugal”. Etnográfica, v. 11, n.1, 2007.
AQUINO, J. G.. “Sergio Niza: um aguerrido pedagogo português”. Educ, São Paulo: v.39, n.3, 2013.
ARCARY, V. “As Esquinas Perigosas da História: Um estudo sobre a história dos conceitos de época, situação e crise revolucionária no debate marxista”. Tese apresentada ao Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. São Paulo, 2000, (581p.).
BARRETO, A. A situação social em Portugal. 1960-1995. Lisboa: ICS UL, 1996, p. 161.
BOURDIEU, P. O Poder Simbólico. Lisboa: Edições 70, 2014.
BOURDIEU, P. O Que Falar Quer Dizer, A Economia das Trocas Linguísticas. Lisboa, Difel, 1998.
CAMPOS, A. M. F.. “Novos rumos da educação no Estado Novo: influência da abertura da economia portuguesa no pós-II Guerra Mundial no sistema de ensino”. Encontro APHES, Coimbra, 2011.
KOSELLECK, R. Estratos do Tempo, estudos sobre História. Rio de Janeiro: Contraponto PUC-Rio, 2014.
KOSELLECK, R. Futuro Passado: contribuições à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto PUC-Rio, 2006.
LEIRIA, L. “O cravo, símbolo da revolução”, in: Paço, António Simões do. “Os anos de Salazar”, Lisboa, Planeta DeAgostin, 2008.
MARX, K. “O 18 Brumário de Luís Bonaparte”, in: A Revolução antes da Revolução. São Paulo: Expressão Popular, 2008.
MATEUS, A. (coord.) 25 anos de Portugal europeu: A economia, a sociedade e os fundamentos estruturais. Fundação Francisco Manuel dos Santos: Lisboa, 2013.
MOGARRO, M. J.; PINTASSILGO, J. (s.d.) Educação, cidadania e alfabetização em contexto revolucionário. Disponível em http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/4017/1/Educa%C3%A7%C3%A3o,%20cidadania%20e%20alfabetiza%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 23 mar. 2015.
PINTO, A. C. O Estado Novo português e a vaga autoritária dos anos 1930 do século XX. In: MARTINHO, Francisco Carlos Palomares; PINTO, António Costa (org.). O corporativismo em português: Estado, política e sociedade no salazarismo e no varguismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007,
POULANTZAS, N. A crise das ditaduras: Portugal, Grécia, Espanha. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
RÉMOND, R. Por uma história política. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ/Ed. FGV, 1996.
SOUTELO, L. C. A memória do 25 de abril nos anos do cavaquismo: o desenvolvimento do revisionismo histórico através da imprensa (1985-1995). Porto: FLUP, 2009. Dissertação defendida para a obtenção do grau de Mestre, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Universidade do Porto, 2009.
VARELA, R. “A revolução portuguesa de 1974-1975 e o seu impacto na transição espanhola para a democracia vista através da imprensa clandestina espanhola”. Espacio, Tiempo y Forma, serie V, Historia Contemporánea, t. 21, 2009.
Fontes
Diário Popular, 17 / 3 / 1975.
Gestão Democrática do Ensino Secundário: Decreto-Lei nº 735-A/74, de 21 de dezembro de 1974; Gestão Democrática do Ensino Superior; Decreto-Lei nº 806/74, de 31 de dezembro de 1974.
Manual de alfabetização, para quem quer aprender com o povo. Lisboa: Edições Base,1977.
Ministério da Educação de Portugal, “Capítulo 2: Breve Evolução Histórica do Sistema Educativo”. p. 20. Disponível em: http://www.oei.es/quipu/portugal/historia.pdf, acesso em 09 de setembro de 2015.
Recenseamentos da População, INE, IP. 25 de Abril – 40 Anos de Estatísticas. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores mantêm os direitos autorais dos seus trabalhos, têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
A aceitação do texto implica na autorização e exclusividade da Revista Interinstitucional Artes de Educar acerca do direito de primeira publicação, os trabalhos publicados estão simultaneamente licenciados com uma licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial 4.0 Internacional