BELEZA ABAYOMI: EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA ENVOLVENDO ESTÉTICA E IDENTIDADE
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2020.47643Keywords:
Estética negra, Identidade, Formação.Abstract
Este trabalho visa apresentar um relato de experiência acerca da influência e reflexos da estética negra no processo de formação identitária da criança. Considerando-se que ao longo da história o que se aprendeu sobre a formação identitária da população brasileira, em sua perspectiva social, cultural e estética se constituiu à luz de um padrão europeu, seja na literatura, nos currículos escolares, nos livros didáticos, nas mídias, entre outros, cabe compreender que refletir sobre a beleza negra no nosso país é romper com uma série de padrões pré-estabelecidos e consolidados há muitos anos. Sendo assim, trazer a mulher negra para a pauta de atividades da escola, como foi possível com projeto “Julho das Pretas” na escola onde atuo profissionalmente é oportunidade para pensar em autoafirmação, já que no ambiente escolar é possível encontrar um público composto, muitas vezes, majoritariamente por mulheres negras, professoras e alunas, que ainda estão em processo de construção e aceitação de sua identidade cultural e estética. Nesse contexto, o desfile de Beleza Abayomi se transformou no grande momento de demonstração e apreciação da beleza negra.References
BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo. São Paulo, 1987.
BELL MARQUES. Minha Deusa (cabelo de chapinha).
Disponível em: https://www.suamusica.com.br/bellmarques/bell-marques-minha-deusa-cabelo-de-chapinha
CARDOSO, Cláudia Pons. Experiências de mulheres negras e o feminismo negro no Brasil. Revista da ABPN. V. 10, n.25. mar – jun, 2018.
FIGUEIREDO, Ângela. Mais uma vez as mulheres negras são estereotipadas em sua sexualidade. Revista Fórum, 2014.
Disponível em: http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/09/sexo-e-nega-uma-porra/ Acesso em: 11 nov. 2015.
GILBERTO GIL. Refavela. Warner Music Brasil, 1977.
GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis, RJ:Vozes, 2017.
GOMES, Nilma Lino. Corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. 2006 Disponível em: http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/Corpo-e-cabelo-como-s%C3%ADmbolos-da-identidade-negra.pdf Acesso em-. 18 jan 2020.
HAILER, Marcelo. Angela Davis: a mulher mais perigosa do mundo. 2015.
Disponível em: http://www.revistaforum.com.br/blog/2015/01/angela-davis/ Acesso em: 11 nov 2015.
JULLY FREITAS. Negro, beleza rara. Disponível em: https://jullyfreitas.bandcamp.com/ 2014.
LAMARTINE BABO. O teu cabelo não nega.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0zKqipgmsPM, 1931.
LUIZ CALDAS. Fricote, Magia. Polygram, 1985.
MARVYN. Respeite a minha pele preta. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JEXICBD3MH8, 2016.
MCK, Rap Crespo. V.A.L.O.R.E.S. Luanda, 2018.
MUNANGA, K. As facetas de um racismo silencioso. In: SCHWARTZ, Lilia Moritz; Queiróz, Renato da Silva (Org.). Raça e diversidade. São Paulo: Edusp. 1996.
SILVA, Ana Célia. A discriminação do negro no livro didático. 3 ed. – Salvador: Edufba, 2019.
SOUZA, Barbara Oliveira. Aquilombar-se: panorama histórico, identitário e político do Movimento Quilombola Brasileiro. Dissertação de Mestrado. Brasília: 2008.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors retain copyright to their work, are permitted to publish and distribute their work online (e.g., in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this may generate productive changes, as well as increasing the impact and citation of published work.
The acceptance of the text implies the authorization and exclusivity of the Revista Interinstitucional Artes de Educar regarding the right of first publication, the published works are simultaneously licensed with a Creative Commons Attribution-Non Commercial 4.0 International License