VASCULHAR A MEMÓRIA, ANDAR PELO CÉU, SONHAR COM AS MÃOS: ALIANDO CRIAÇÃO, INFÂNCIA E FORMAÇÃO DOCENTE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/riae.2025.94424

Resumo

Neste artigo apostamos na memória como força criadora. Rememoramos e compartilhamos três momentos de nossas infâncias: andar de bicicleta, inventar uma brincadeira com um espelho, brincar de montar cabanas. Dessas narrativas de memória, extraímos uma força poética e reflexiva que toca a criação como potência vital e desejante e a formação como processo de abertura ao desconhecido, tecendo diálogos com autores que investigam relações entre arte, tempo, infância e educação. Partindo do entendimento da arte como território dedicado aos processos criativos, nos propomos a pensar como a criação e o encontro com as infâncias podem operar como fundamentos, inclusive éticos, de uma formação docente conectada com a abertura e o desequilíbrio que a vida convoca. A partir dessas forças, nos afastamos da pedagogia como um fazer protocolar para compreendê-la como ímpeto (Ellsworth, 2005), nos aproximando do conhecimento, da formação e da própria docência como gestos inacabados, constantemente em criação. Ao final, entre brincadeiras que desequilibram o mundo, nos encontramos com a infância enquanto enigma que refaz a vida e força especulativa que reinaugura o tempo.

Biografia do Autor

Priscilla Menezes de Faria, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Artista, pesquisadora e professora adjunta da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, atuando no campo da Arte e Educação dentro da licenciatura em Pedagogia. Doutora em Artes Visuais pelo Programa de pós-graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Integra o grupo FRESTAS (Formação e Ressignificação do Educador: Saberes, Arte, Troca, Sentidos) e coordena a pesquisa "Investigar o poético: ensaios metodológicos, experimentações narrativas" na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

Raíssa Cortat, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Mestranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), na linha de Práticas Educativas, Linguagens e Tecnologia. Graduada em Pedagogia pela mesma universidade e com atuação e interesse no campo da Arte e Educação, em Pensamento Poético, Processos Criativos, Educação Ambiental e Crítica ao Colonialismo. Integra os grupos FRESTAS (Formação e Ressignificação do Educador: Saberes, Arte, Troca, Sentidos) e GEASur (Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde el Sur), vinculados ao Núcleo Infância, Natureza e Arte (NINA), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, como pesquisadora no projeto "O ethos do cuidado na formação docente: potencializando o corpo, o movimento e a arte como dispositivos do sensível" e no projeto "Investigar o poético: ensaios metodológicos, experimentações narrativas", ambos vinculados ao grupo de pesquisa FRESTAS - UNIRIO.

Virna da Silva Bemvenuto, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Artista, professora de artes visuais e pesquisadora. Doutoranda em Educação pelo PPGEdu-UNIRIO, com apoio CAPES, mestre pela mesma instituição. Com formação em Artes Visuais - Licenciatura pela EBA-UFRJ. Integra o grupo FRESTAS (Formação e Ressignificação do Educador: Saberes, Arte, Troca, Sentidos), atuando nas pesquisas “O ethos do cuidado na formação docente: potencializando o corpo, o movimento e a arte como dispositivos do sensível" e "Investigar o poético: ensaios metodológicos, experimentações narrativas".

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Publicado

14-11-2025

Como Citar

MENEZES DE FARIA, Priscilla; CORTAT, Raíssa; DA SILVA BEMVENUTO, Virna. VASCULHAR A MEMÓRIA, ANDAR PELO CÉU, SONHAR COM AS MÃOS: ALIANDO CRIAÇÃO, INFÂNCIA E FORMAÇÃO DOCENTE. Revista Interinstitucional Artes de Educar, [S. l.], v. 11, n. 3, p. 203–221, 2025. DOI: 10.12957/riae.2025.94424. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/riae/article/view/94424. Acesso em: 11 dez. 2025.

Edição

Seção

dossiê: Formação docente, educação infantil e arte: mobilizar sentidos, desvelar belezas