AUTOCENSURA E RESITÊNCIA ENTRE PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO: RELATOS DE PESQUISA
RESEARCH REPORTS
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2024.82428Resumo
O artigo aborda os desafios e resistências enfrentados pelos profissionais do magistério no município de São Paulo diante da onda conservadora que afeta a educação pública, apresentando resultados de pesquisa de caráter qualitativo, com técnicas da abordagem etnográfica, juntos a profissionais do magistério público do município de São Paulo. O objetivo é investigar os efeitos das proposições políticas ideológicas neoconservadoras nas práticas escolares. A pesquisa se justifica pela crescente tentativa de censura a professores(as), pela desvalorização dos profissionais da educação e pelo fortalecimento das ideias conservadoras, fenômeno transnacional discutido na literatura e com impactos destacados na política educacional e no direito à educação. Como resultados identificamos práticas escolares de autocensura por receio de constrangimentos e de censura no âmbito da própria comunidade escolar. Os temas em geral mobilizados nesses fenômenos estão ligados às pautas democráticas de direito humanos na educação, como direitos de mulheres e da população LGBTQUIA+, educação para a saúde sexual, combate ao racismo e história dos períodos autoritários no Brasil. Concluímos que apesar de disseminadas, tais práticas compõem um cenário de grandes disputas na sociedade brasileira, nas quais emergem possibilidade de resistências, alianças e práticas que preservam vivo o sentido democrático e transformador da educação.
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