BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA SIMBÓLICA OU ESTRATÉGIA DE REPRODUÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2024.76704Palavras-chave:
BNCC, violência simbólica, ação pedagógica, sistema de ensinoResumo
O forte discurso sobre a urgência de constituir uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para garantir qualidade e equidade no ensino público brasileiro suscita a reflexão acerca da violência simbólica elucidada pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu. Essa violência simbólica se desenvolve de maneira dissimulada, aparentemente legítima, por meio de um poder arbitrário que visa inculcar nos estudantes a cultura da classe dominante. Consequentemente imputa aos estudantes que não conseguem se apropriar de tais conhecimentos o estigma de culpados pelo próprio fracasso. Este trabalho objetiva abordar a questão da reprodução da cultura dominante no sistema escolar brasileiro por meio da BNCC. Para tanto, optou-se por uma reflexão teórica acerca do processo de legitimação desse documento e suas consequências para a educação. As produções analisadas evidenciaram que a BNCC orienta o desenvolvimento de currículos pautados na racionalidade técnica e nos pilares capitalistas de reprodução o que se configura uma violência simbólica através da ação pedagógica institucionalizada. Essa prática necessita de urgente discussão e transformação.Referências
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