RACIONALIDADE NEOLIBERAL OPERANDO NA POLÍTICA PARA O ENSINO MÉDIO: MOVIMENTO DA DIDÁTICA INSTRUMENTAL
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2024.76631Palavras-chave:
Neoliberalismo, Políticas Curriculares, Ensino Médio, Didática.Resumo
Este texto tem como objetivo abordar como a racionalidade neoliberal vem operando nas políticas curriculares para o Ensino Médio, movimentando-se numa perspectiva instrumental de Didática. Para esse exercício, tomamos a Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe (2015) como movimentos teórico-metodológico, que questiona todo e qualquer essencialismo como tentativas de fechamentos de significações nas disputas por legitimações de políticas curriculares e sentidos de Didática. Mobilizamos, também, referenciais do pós-marxismo, mais notadamente contribuições de Dardot e Laval (2016) e Brown (2019), para explicitar como a racionalidade neoliberal vem operando nessas políticas. Assim, percebemos que as políticas curriculares, protagonizadas pelo Estado brasileiro, estão em movimentos diretivos a um aprofundamento de uma nova síntese da racionalidade neoliberal na educação e no sentido de Didática. Esses movimentos inscrevem-se nas disputas pela formação de jovens, por meio do desenvolvimento de subjetividade neoliberal, pois trata-se de uma tecnologia política, significada em ações formativas a partir de introdução de uma política curricular (base nacional) antidemocrática, traduzida ainda em desenvolvimento de competências e habilidades numa perspectiva instrumental (CANDAU, 2020a) e pragmática. Essa intencionalidade discursiva se aprofunda por meio de componentes curriculares como Projeto de Vida e Empreendedorismo, responsabilizando os jovens por suas trajetórias de vida diante de um contexto que os limita a escolhas de processos formativos.Referências
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