RAP E O MOVIMENTO NEGRO EDUCADOR: JUVENTUDE NEGRA NO PROTAGONISMO DA LEI 10.639/03
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2024.73435Palavras-chave:
juventude negra, periferia, hip hop, autoetnografia, ações afirmativas.Resumo
Esta autoetnografia apresenta reflexões sobre o movimento hip hop no contexto das periferias paulistanas na década de 1990, a relação dessa expressão com a juventude negra e sua perspectiva ativista e educadora. Os trabalhos de Marilia Sposito, Juarez Dayrell e Elaine Andrade sobre o rap na experiência juvenil, e de Nilma Lino Gomes sobre o Movimento Negro Educador são referências teóricas centrais. Considerando as diversas pesquisas sobre o tema, esse trabalho dialoga com parte da biografia de um artista negro da periferia de São Paulo, que vivenciou um letramento racial/social por meio do rap. A partir da experiência de um dos autores, argumenta sobre a importância da juventude negra e do rap para a implementação das ações afirmativas no Brasil.
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