REFLEXÕES SOBRE A POSSIBILIDADE DE UM COTIDIANO ESCOLAR DECOLONIZADO
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2025.71785Palavras-chave:
cotidianos escolares, decolonização, autonomia, jogo dos privilégiosResumo
O presente texto busca tecer reflexões sobre a possibilidade de um cotidiano escolar decolonizado. Partindo de Certeau (2011) e seus apontamentos sobre a produção de conhecimento nos cotidianos analisamos as contribuições de suas ideias para os cotidianos escolares com Ferraço, Soares e Alves (2018). Retornando também em como as populações negras reinventaram a sua existência através de táticas cotidianas para nos inspirar em possibilidades de decolonização na escola. Por fim, relatamos a experiência com um jogo de privilégios tecendo críticas a metodologia sob a ótica dos estudos da ciência social em base das ideias dos professores Carneiro (2011), Nascimento (2019) e González (2020).Referências
ADICHIE, Chimamanda. ―O Perigo da História Única. Vídeo da palestra da escritora nigeriana no evento Tecnology, Entertainment and Design (TED Global 2009).
CARNEIRO, Aparecida Sueli. A Construção do Outro como Não-Ser como fundamento do Ser. Feusp, 2005. (Tese de doutorado)
CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.
_______. História e psicanálise: entre ciência e ficção. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
DE MORAES, Wallace. La Necrofilia Colonialista Otrocida en Brasil. Revista América Latina en Movimiento, 2020.
FERRAÇO, C.E., SOARES, M.C.S., ALVES, N. Michel de Certeau e as pesquisas nos/dos/com os cotidianos em educação. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2018.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1997.
FREIRE, P., FAGUNDEZ, A. Por uma Pedagogia da Pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1985.
FREYRE, Gilberto. “Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal”. São Paulo: Global, 2006.
GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Organização Flávia Rios, Marcia Lima. – 1 ed. Rio de Janeiro: Zahar. 2020.
MAÇAIRA, Julia; HANDFAS, Anita; CARVALHO, Ana Paula. I Olimpíada de Sociologia do Estado do Rio de Janeiro (2019). Relato de Experiência publicado no site da ABECS. 2019.
MARIÁTEGUI, José Carlos. Educação e América Latina. Nova Cultura, 2019.
MILLS, Charles W. The racial polity. In. BABBITT, Susan E; CAMPBELL, Sue. Racism and philosophy. New York: Cornell University, 1999.
MUNDURUKU, Daniel. Crônicas indígenas para rir e refletir na escola. São Paulo: Editora moderna, São Paulo. 2020.
NASCIMENTO, Abdias do. O Quilombismo. São Paulo: Editora Perspectiva, Rio de Janeiro: Ipeafro, 2019.
ROGÉRIO, Radamés de Mesquita; GONÇALVES, Isaias Ribeiro; PINTO, Ana Luiza Marques de Souza; BRESSA, Mariane da Silva. Jogos didáticos no ensino de Sociologia no ensino médio: Relato de uma experiência. Iniciação Científica - CESUMAR, v. 20, p. 5-15, 2018.
SANTOS, Milton. Por uma geografia cidadã: por uma epistemologia da existência. Boletim Gaúcho de Geografia, 21: 7-14, ago., 1996.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Editora UFMG: Belo Horizonte, 2010.
TRINDADE, Azoilda Loretto da. Valores civilizatórios afro-brasileiros e Educação Infantil: uma contribuição afro-brasileira. In: TRINDADE, Azoilda Loretto da; BRANDÃO, Ana Paula (org). Modos de brincar: caderno de atividades, saberes e fazeres. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2010.
WOODSON, Carter G. A Deseducação do Negro. São Paulo: Medu Neter, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Interinstitucional Artes de Educar

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores mantêm os direitos autorais dos seus trabalhos, têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
A aceitação do texto implica na autorização e exclusividade da Revista Interinstitucional Artes de Educar acerca do direito de primeira publicação, os trabalhos publicados estão simultaneamente licenciados com uma licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial 4.0 Internacional