“SABER A VERDADE QUE NINGUÉM CONTA”: NEOCONSERVADORISMO BRASILEIRO, EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E A “DESTRUIÇÃO” DO ENSINO PÚBLICO

Katya Braghini; José Antonio Sepulveda

doi:10.12957/riae.2022.70970

Autores

Katya Braghini Pontifícia Universidade Católica de São Paulo https://orcid.org/0000-0002-7790-2884
José Antonio Sepulveda Universidade Federal Fluminense https://orcid.org/0000-0003-4460-7704

DOI:

https://doi.org/10.12957/riae.2022.70970

Palavras-chave:

neoconservadorismo, pensamento conservador, privatização do ensino público.

Resumo

O objetivo deste artigo é mostrar como as diferentes concepções de conservadorismo ganharam força nos últimos anos no Brasil, em especial após a ascensão do atual Presidente da República, aglutinada em um movimento que Lacerda (2019) chamou de neoconservador, consubstanciando perspectivas religiosas fundamentalistas/extremistas com propostas neoliberais de privatização dos serviços públicos educacionais, em diferentes frentes. A partir de análise documental e revisão bibliográfica, apresenta-se os impactos desse movimento na correlação de forças no campo da educação. Percebe-se uma miríade conservadora em coalização em nome do privatismo, o que resultaria no controle parental pela educação domiciliar; a privatização do patrimônio educacional público para fins de capitalização; a dissolução do caráter público, visando segregacionismo, disfarçado de “liberdade”. Aponta para o enfrentamento de tal situação como um combate em nome das escolas públicas no país.

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