Questões de gênero e sexualidade para todas/todos: discussão e inclusão
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2022.65330Palavras-chave:
Ensino de Ciências, Deficiência visual, Formação docente, Jogo didáticoResumo
Este artigo tem como objetivo discutir as questões de gênero e sexualidade associadas à inclusão de pessoas com deficiência visual, a partir de um jogo didático realizado com estudantes de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Além disso, levantamos o debate sobre a necessidade de discutir a diversidade e diferença no âmbito da formação inicial dos professores de Ciências. Nesse sentido, a pesquisa contou com dois momentos: o primeiro foi o processo de construção do jogo didático inclusivo; e o segundo momento se caracterizou pela discussão acerca da jogabilidade desse material didático e da importância desta temática na formação inicial docente, através da técnica de grupo focal. Discutir sobre as diferenças (físicas, sexuais, de gênero etc.) na escola, especialmente com deficientes visuais, é buscar uma transformação na sociedade, a fim de que haja inclusão plena no espaço físico escolar, a partir de uma educação adequada e adaptada a todas/todos. Ao final, conclui-se que apesar dos avanços legais e da maior visibilidade do movimento de inclusão, ainda há uma lacuna na formação inicial docente que precisa ser preenchida com temáticas que abranjam as diferenças entre os sujeitos, resultando em práticas pedagógicas que compreendam e atendam às diferenças.
Referências
ALVES, Maria Luiza Tanure; DUARTE, Edison. A inclusão do deficiente visual nas aulas de educação física escolar: impedimentos e oportunidades. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, v. 27, n. 2, p. 231-237, 2005. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3073/307324855011.pdf Acesso em: 05 set. 2021.
BENTO, Berenice. Na escola se aprende que a diferença faz a diferença. Revista Estudos Feministas, v. 19, n. 2, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ref/v19n2/v19n2a16.pdf Acesso em: 05 set. 2021.
BEZERRA, Camila Pontes; PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag. A vivência da sexualidade por adolescentes portadoras de deficiência visual. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 44, n. 3, p. 578-583, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v44n3/05.pdf Acesso em: 05 set. 2021.
BORBA, Rodrigo Cerqueira do Nascimento; ANDRADE, Maria Carolina Pires de; SELLES, Sandra Escovedo. Ensino de Ciências e Biologia e o cenário de restauração conservadora no Brasil: inquietações e reflexões. Revista Interinstitucional Artes de Educar. Rio de Janeiro, v. 5 n. 2, p. 144-162, mai./ago., 2019. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/riae/article/view/44845/30450 Acesso em: 06 set. 2021.
BRASIL. Constituição da República Federal do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf Acesso em: 05 set. 2021.
BRASIL. Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Regulamente leis que dá prioridade no atendimento e estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm Acesso em: 05 set. 2021.
COSTA, Jéssica Gomes das Mercês; CARMO, Edinaldo Medeiros. Gênero na escola: o que dizem as publicações nos periódicos nacionais. In: Seminário Nacional, 7, e Seminário Internacional, 3, Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, 2019, Vitória da Conquista. Anais eletrônicos... Vitória da Conquista: UESB, 2019. Disponível em: http://anais.uesb.br/index.php/semgepraxis/article/viewFile/8448/8116 Acesso em: 06 set. 2021.
HOOKS, B. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Trad. Marcelo Brandão, São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013.
LAPLANE, Adriana Lia Friszman de; BATISTA, Cecília Guarneiri. Ver, não ver e aprender: a participação de crianças com baixa visão e cegueira na escola. Cadernos Cedes, Campinas, v. 28, n. 75, p. 209-227, maio-ago., 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v28n75/v28n75a05.pdf Acesso em: 06 set. 2021.
LOURO, G. L. O corpo educado: Pedagogias da sexualidade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
MAIA, A. C. B. Sexualidade e deficiência. São Paulo: UNESP, 2006.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São Paulo: Hucitec, 2014.
OLIVA, Diana Villac. Barreiras e recursos à aprendizagem e à participação de alunos em situação de inclusão. Psicologia USP, São Paulo, v. 27, n. 3, p. 492-502, dez., 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642016000300492&lng=en&nrm=iso Acesso em: 05 set. 2021.
PAIXÃO, Luciano de Pontes. Inclusão de adolescentes deficientes visuais em atividades de orientação sexual: uma proposta inovadora. Revista Contemporânea de Educação, v. 8, n. 15, jan./jul., 2013. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rce/article/view/1695/1544 Acesso em: 06 set. 2021.
SILVA, Tatiane Santos.; LANDIM, Myrna F riederichs; SOUZA, Verônica dos Reis Mariano. A utilização de recursos didáticos no processo de ensino e aprendizagem de ciências de alunos com deficiência visual. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 13, n. 1, p. 32-47, 2014. Disponível em: http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen13/REEC_13_1_3_ex710.pdf Acesso em: 06 set. 2021.
SIQUEIRA, Vera Helena Ferraz de; OLIVEIRA, Cristiane Maia de; BRAGA, Júlio Oliveira. O cinema e a formação docente: um diálogo sobre as questões de gênero. Comunicação & Educação, Ano X, n. 2, maio-ago., 2005. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/37523/40237 Acesso em: 06 set. 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores mantêm os direitos autorais dos seus trabalhos, têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
A aceitação do texto implica na autorização e exclusividade da Revista Interinstitucional Artes de Educar acerca do direito de primeira publicação, os trabalhos publicados estão simultaneamente licenciados com uma licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial 4.0 Internacional