Pedagogia macunaímica: inspirações modernistas para pensar a escola e o Brasil contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2022.65282Palavras-chave:
modernismo, Mário de Andrade, educação, capitalismo, decolonidadeResumo
Tendo como motes o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e o movimento de “giro decolonial”, o ensaio se inspira em Macunaíma, rapsódia do modernista Mário de Andrade. De Macunaíma, texto e personagem chispam intuições para o desafiante compromisso de pensar o Brasil contemporâneo e a escola brasileira. Especificamente, desejamos destacar as potências que acompanham a trajetória do herói: a ausência de caráter, a preguiça e a aversão capitalista. Daí propormos uma Pedagogia macunaímica que se configura contrária aos rumos que o capitalismo vai impondo à escola e à sociedade. Sabemos que, sem mexer na estrutura do modelo econômico capitalista e no modo como o capital rentista se reproduz, não haverá verdadeira mudança e desenvolvimento econômico com equidade e inclusão de todos. Pois, não nos parece bom e honesto atrelar a escola a um projeto injusto e desumano, que gera riqueza para poucos e miséria e infelicidade para a maioria. O que nos resta fazer? Rejeitemo-lo! Contra a escola ocidental capitalista, que transforma o direito à educação em serviço a ser negociado, a pedagogia macunaímica é um salutar antídoto.Referências
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