Pigmentocracia: classe, raça e gênero no sistema de bem-estar social sul-africano
DOI:
https://doi.org/10.12957/rep.2019.45247Resumo
O artigo analisa como as relações sociais de classe, raça e gênero presentes na formação social da África do Sul resultaram na constituição de um sistema de bem-estar social pigmentocrático. O estudo é qualitativo e se fundamenta na teoria da consubstancialidade das relações sociais de classe, raça e gênero produzida pela sociologia crítica sul-africana. Para o levantamento dos corpora foram realizadas revisão de literatura e análise de documentos oficiais. Foram analisados documentos produzidos desde o fim do período colonial até o ano de 1996. O estudo identificou que as relações de segregação engendraram um amplo sistema de bem-estar social orientado à ascensão e proteção social das famílias brancas. Enquanto isso, negros, mestiços e asiáticos se tornaram cada vez mais destituídos de direitos. Mesmo com o fim do apartheid, o sistema de bem-estar social sul-africano continua (re)produzindo a pigmentocracia, a partir das condicionalidades neoliberais que orientaram a transição à democracia.
Palavras-Chave: África do Sul; bem-estar social; classe; raça e gênero; consubstancialidade das relações sociais.
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