Racismo e Sexismo: Estruturas de Transmissão, Incidências da História e Insistências do Real

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2023.80057

Palavras-chave:

psicanálise, colonização, inconsciente, racismo, sexismo

Resumo

Este artigo propõe articulações entre as estruturas coloniais de incidência do racismo e do sexismo no laço social e suas vias de inscrição no inconsciente e no corpo. Partimos de um debate sobre o enquadre colonial da subjetividade e de questões levantadas por Frantz Fanon acerca do modo como o racismo se conecta com a lógica fálica do complexo de Édipo para avaliar sua validade em relação à realidade de povos colonizados. Retomamos formulações freudianas e lacanianas úteis para abordar essa encruzilhada, a partir dos caminhos apontados por Lélia Gonzalez ao discutir as subversões operadas pela mulher negra diante do racismo e do sexismo no contexto brasileiro. Com base em alguns fragmentos clínicos, sustentamos que uma abordagem clínica da perspectiva interseccional antecipada por Lélia Gonzalez demanda uma tomada dialética das relações entre estrutura e história, entre o coletivo e o singular e entre o inconsciente colonizado e o resto que escapa e subverte as relações de dominação.

Downloads

Publicado

11-12-2023

Como Citar

Bispo, F., & Guerra, A. (2023). Racismo e Sexismo: Estruturas de Transmissão, Incidências da História e Insistências do Real. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 23(4), 1212–1232. https://doi.org/10.12957/epp.2023.80057

Edição

Seção

Dossiê Psicanálise e Política: a insistência do real