A Invisibilidade da Influência Colonial na Formação da Identidade Social Brasileira: Mediações Psicanalíticas
DOI:
https://doi.org/10.12957/epp.2023.79279Palavras-chave:
identidade social, colonialidade, racismo, branquitude, psicanáliseResumo
O artigo discute a formação da identidade social brasileira com base no critério da raça, considerando as consequências sociais e psíquicas do racismo estruturado na cadeia simbólica social. O caráter invisível, porém, profundamente enraizado do racismo faz com que os efeitos de ordem social, econômica, política e subjetiva de nossa herança colonial sejam escamoteados. Nesse sentido, as atitudes e comportamentos racistas são invisibilizados em torno do mito da miscigenação racial, fazendo com que o racismo e a branquitude apareçam como sintomas de nosso passado escravocrata. A psicanálise nos serve como dispositivo clínico-político para o reconhecimento das consequências desse apagamento a nível inconsciente, ao mesmo tempo em que se oferece como leitura dos sintomas sociais atravessados pelo gozo racista. Através do trecho de um caso clínico, analisaremos de que modo os efeitos sintomáticos do racismo chegam à clínica. A aposta no real como campo irrefreável frente à repetição significante nos orienta rumo a uma práxis de fato implicada na defesa da pluralidade de nossa identidade social.
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