O debate entre Paganismo e Cristianismo em duas obras de Kierkegaard: contribuições para uma reflexão sobre os processos de subjetivação
DOI:
https://doi.org/10.12957/epp.2012.8216Palavras-chave:
Paganismo, Cristianismo, Kierkegaard, Processos de subjetivaçãoResumo
O artigo apresenta o debate entre paganismo e cristianismo a partir de duas obras kierkegaardianas: Migalhas Filosóficas ou um bocadinho de filosofia assinada por Johannes Climacus e Doença Mortal, assinada por Johannes Anti-Climacus. A primeira mostra a diferença entre a mestria socrática e a mestria cristã, defendendo a superioridade da última. Refere-se "ao deus" que se subentende ser o próprio Cristo, um mestre diferente que não apenas pretende levar o discípulo à reflexão, mas, também, à transformação decisiva de si mesmo. Na segunda, Anti-Climacus descreve o paganismo como desespero. Embora admitindo a superioridade do paganismo em relação à cristandade e ainda que Doença Mortal postule que seria muito útil retomar o espírito grego e começar por ele em meio à farsa do cristianismo paganizado, em ambas a superioridade do ideal cristão se destaca. Tais temáticas são trazidas para uma reflexão sobre os modos de subjetivação valorizados em tempos de preocupações pagãs.Publicado
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