Cartografias de Relações Familiares de Pessoas LGBTQIA+ em Cárcere
DOI:
https://doi.org/10.12957/epp.2024.84024Palavras-chave:
relações familiares, sexualidade, diversidade de gênero, sistema prisional, cisheteronormatividadeResumo
Este artigo tem o objetivo de discutir relações familiares de pessoas presas LGBTQIA+. É vital analisar as relações que configuram identidades de gênero e sexualidade de pessoas consideradas fora da cisheteronormatividade, para que seja possível compreender suas experiências no contexto prisional. O estudo investiga relações familiares numa penitenciária pretendida de referência e exclusiva para população LGBTQIA+, bem como os processos de subjetivação envolvidos. Utilizando a metodologia de cartografias, faz-se possível explorar objetivações e subjetivações como efeitos de práticas, permitindo ao/à pesquisador/a participar na produção de novos territórios político-existenciais. Para isso, foram realizados grupos clínicos institucionais semanais na penitenciária. As análises destacam a complexidade das relações familiares, marcadas por desafios logísticos, violência institucional e normas de gênero. Contudo, o apoio entre os/as internos/as é crucial para a produção de saúde mental no cárcere. As instituições prisionais reforçam normas hegemônicas de gênero e sexualidade, exigindo uma abordagem crítica e clínica na luta por direitos e humanização para pessoas encarceradas, especialmente aquelas enfrentando múltiplas opressões.
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