Fronteiras da Língua: Desarraigamento e Testemunho em Psicanálise

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2023.80485

Palavras-chave:

linguagem, psicanálise, testemunhos

Resumo

Abordamos o problema da língua na psicanálise, apontando como esta lida com os limites nos quais esbarra em seu exercício linguageiro. Mostramos a relação entre letra, lugar e as fronteiras da língua. A partir da abordagem do exílio e do desarraigamento no campo da arte e da literatura, problematizamos o monolinguismo e situamos a importância do ato de recepção do testemunho em psicanálise. Como escutar o que escapa à representação? Apontamos a dimensão política da prática d'alíngua como via de reabitar a língua, recurso cuja escrita viabiliza novas leituras do mundo. A psicanálise encontra, assim, o desafio de fazer surgir/emergir aquilo que foi apagado/silenciado, contribuindo para a produção de novos territórios linguísticos que sejam respeitosos com a diferença e viabilizem o trânsito entre línguas. Ler com o translinguístico é uma maneira de grifar o movimento daqueles que estão à margem e fornece pistas para a reinvenção necessária do lugar de escuta.

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Publicado

11-12-2023

Como Citar

Tenenbaum, D., & Muñoz, N. (2023). Fronteiras da Língua: Desarraigamento e Testemunho em Psicanálise. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 23(4), 1618–1632. https://doi.org/10.12957/epp.2023.80485

Edição

Seção

Dossiê Psicanálise e Política: a insistência do real