A Psicanálise nos Conflitos Políticos: Clínica, Ciência e Coletivos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2023.80352

Palavras-chave:

psicanálise, política, movimentos sociais, ciência

Resumo

O artigo desponta da construção de um amplo panorama que localiza afinidades estruturais e tensões problemáticas entre a psicanálise e os coletivos. Nossa revisão de literatura, sobre psicanálise e política, discerne o valor da análise do psicanalista na sustentação da tarefa de subversões políticas do divã às praças públicas. Na sequência, pensamos as repercussões da política da psicanálise frente aos debates que envolvem neurodiversidade/autismocientificismo psicoterápico e capitalismo. Pretendemos criticar uma versão alienante da política, versão protagonista dos diferentes temas que abordamos e veiculada pelo agente na função do semblante - a lei, o saber-todo ou o indivíduo hedonista servo de seus mais-de-gozar (discurso capitalista). Na contrapartida dessa versão, está a prática advinda de um Judeu - ou seja, de um corpo que viveu os efeitos do racismo dos discursos, antes mesmo da ascensão do Nazismo - e elaborada através da escuta de algo amordaçado na potencialidade da sexualidade feminina. A partir de tais fatos, argumentamos uma crucial chave de leitura à psicanálise nos conflitos políticos: interrogar a subjetividade de quem psicanalisa. Resultando no questionamento de modalizações conservadoras que marcaram a história da clínica psicanalítica e ainda ressoam no fazer teórico-prático.

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Publicado

11-12-2023

Como Citar

Alencar, F., & Furtado, L. (2023). A Psicanálise nos Conflitos Políticos: Clínica, Ciência e Coletivos. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 23(4), 1466–1485. https://doi.org/10.12957/epp.2023.80352

Edição

Seção

Dossiê Psicanálise e Política: a insistência do real